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domingo, 5 de fevereiro de 2017

MURO INVISÍVEL

Foto: Prof. Valter Machado da Fonseca, fotografia feita por Carmen Lúcia Ferreira (2017)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

Prezados (as) amigos (as)!

Algo muito desagradável está acontecendo e há tempos tem me deixado muito preocupado. Durante este último período que tenho navegado pela minha página do Face, tenho presenciado uma verdadeira guerra virtual entre diversos setores da população brasileira. Isto vem ocorrendo desde o impeachment ilegítimo da presidente eleita do nosso país, Dilma Rousseff.

Não quero aqui defender este ou aquele grupo ou partido, nem rotular os diversos grupos que se digladiam na Net, entretanto, quero apenas pontuar algumas considerações. Por intermédio desta disputa que destila o ódio entre nós, grupos inescrupulosos, gangs preconceituosas, organizações nazifascistas se deliciam com este combate que, muitas vezes, colocam em lados opostos, trabalhadores, jovens e pessoas com os mesmos interesses, anseios e desejos. Por outro lado, esta disputa ilusória movida, na maioria das vezes, com o combustível da irracionalidade de um ódio plantado pelas grandes mídias, em especial pelas maiores redes de telecomunicações brasileiras, tem por objetivo final dividir o povo brasileiro, em especial a população mais carente, objetivando facilitar a aprovação de seus projetos que visam a dizimar as conquistas históricas dos trabalhadores e da juventude brasileira.

Eu, particularmente, não entro neste debate virtual, pois, ele não leva a absolutamente nada. Este debate deve ser feito organizadamente, de forma presencial e em ambientes onde possamos discutir, olhando olho no olho, os projetos essenciais para nosso país. Na medida em que o maior representante do capitalismo mundial, Donald Trump, propõe um retrocesso histórico: a construção dos “muros da vergonha” para separar os mais diferentes povos do planeta, nesta medida, não devemos permitir e/ou auxiliar a construção de um muro virtual que nos divida, cada dia mais, fragmentando nossa classe, em detrimento da ascensão de uma burguesia brasileira falida, guiada pelos velhos coronéis, os quais visam, essencialmente, o fortalecimento de seus velhos currais eleitorais.

Enquanto destilam seu ódio, os velhos coronéis e caciques eleitoreiros aprovam projetos que sucateia a saúde, a educação, a previdência social, dentre outras conquistas históricas dos trabalhadores do nosso país. Reflitam sobre estas singelas considerações que dirijo, especialmente, aos trabalhadores e à juventude brasileira.