Foto: Prof. Valter Machado da Fonseca (2017) |
Prof. Dr. Valter Machado Fonseca
A conjuntura política e econômica, que
marca os tempos neoliberais que perpassam o momento histórico atual, apresenta
elementos, fatores e aspectos aterradores que atingem a totalidade dos povos
marginalizados e a classe trabalhadora em nível planetário.
A força destrutiva do capital, em
consonância com as demandas neoliberais em todo o globo, percebeu o ponto
crucial e nevrálgico para a destruição de todas as parcas conquistas das
camadas mais carentes da população mundial, ou seja, a destruição do social em
seus aspectos mais intrínsecos e, isto passa necessariamente pela quebra da
unidade da classe trabalhadora, pela sua micro-fragmentação, pelo desmonte do
sentido de pertencimento de classe dos explorados.
E para desmontar efetivamente a classe
trabalhadora, o capital percebeu que deve agir e deslocar seu potencial
destrutivo, próprio dos tempos de barbárie, para as mentes dos explorados, o
que significa dizer a destruição da consciência humana histórica e socialmente
construída nas experiências empíricas da luta de classes. A destruição da consciência
humana passa, necessariamente pelo aumento infinitamente exponencial do
processo de alienação do trabalho humano regido pela ganância da mais-valia
capitalista. Agindo nesta direção, o capital elimina quaisquer formas de
enfrentamento da classe oprimida em busca de sua autonomia.
É com base nestas reflexões que pretendo
publicar uma obra que vai necessitar de um exercício intelectual árduo,
profundo e de fôlego. Este livro é a principal tarefa que pretendo concluir
neste próximo ano de 2018. Tal obra terá por espinha dorsal os estudos de Karl
Marx, Ístvan Mészáros e Ricardo Antunes e terá como título “ALIENAÇÃO,
AUTONOMIA, CONSCIÊNCIA DE CLASSE E TRABALHO DOCENTE”. Portanto, meus caros
amigos e amigas o lançamento desta obra que vai demandar a recusa das leituras
de superfície e a busca constante da ação de “escavar a realidade”, com vistas
a elucidar a crueldade e a acidez desta conjuntura própria da autofagia do
capital em tempos neoliberais, será de grande valia para a compreensão do
conjunto das ofensivas do capital sobre os trabalhadores, em especial nos
tempos pelos quais passamos.
Tenham ótimas festas de final de ano,
mesmo apesar das adversidades conjunturais dos tempos presentes.
Um abraço a todos (as)!