Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2014) |
Prof. Dr. Valter Machado da
Fonseca
Caros amigos e amigas! Acho que
as considerações que tentarei passar a vocês servem para que possamos refletir
melhor sobre o discurso falacioso do Sr. Aécio Neves, utilizado na maioria de
sua campanha eleitoreira. Aqui, procurarei analisar as lacunas de sua fala, a
qual aparentemente surge como algo novo, entretanto, escondem em suas
entrelinhas, no “não dito” como diria Michel Foucault, uma série de falcatruas,
mentiras e planos ditados pelos banqueiros e os grandes grupos econômicos
internacionais que querem tomar o controle do país, via possível governo da
tucanada.
É notório que os governos de
Fernando Henrique Cardoso (FHC), dos quais Aécio é herdeiro direto, foram
marcados por políticas entreguistas do patrimônio brasileiro para as grandes
empresas inter/multi/transnacionais. É só relembrarmos dos mirabolantes planos
de privatizações das empresas estaduais e nacionais altamente rentáveis
brasileiras e que o Sr. FHC entregou a preço de banana para o capital
estrangeiro, como a Cia Vale do Rio Doce (CVRD), a Fertilizantes Fosfatados
(Fosfértil), o Banco do Estado de São Paulo (BANESPA), o Banco do Estado de
Minas Gerais (BENGE), a Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), a
USIMINAS, dentre inúmeras outras. Os ataques sistemáticos à Petrobrás, tendo
como principal apoio a Rede Globo de Televisão, têm como verdadeiro pano de
fundo o enfraquecimento de nossa principal estatal do campo petrolífero,
visando a construir as justificativas para sua privatização por um possível
governo Aécio Neves, apoiado pelos pais das privatizações como FHC, José Serra,
Geraldo Alkmin, Álvaro Dias, Arlindo Chinaglia, dentre diversos outros. Onde
foi aplicado o dinheiro arrecadado nas privatizações de FHC? Disseram que seria
aplicado na saúde e na educação, porém estes dois setores não receberam nenhum
centavo, Então, onde está este dinheiro?
Mas, estes elementos não parecem
claramente na fala de Aécio, não são claros em seus discursos, pois, caso
contrário, deixariam à mostra sua verdadeira política entreguista e, ao mesmo
tempo afastaria seu possível eleitorado. Assim, Aécio, orquestrado por FHC e
toda sua “Banda”, usa de termos que confundem os eleitores como “saneamento” da
Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal. Assim, meus queridos
amigos e amigas, podem botar um sinal de igual entre saneamento e privatização
nos discursos dos tucanos. Quando ele fala em “ajustes” maiores da economia com
redução dos gastos em “áreas estratégicas”, podemos ler “política de arrocho e
redução dos salários dos trabalhadores para atender a agenda do FMI. Ou seja,
trata-se de uma política de fortalecimento dos mais ricos e enfraquecimentos
dos mais pobres.
O que se pode notar até o
presente momento é que o Sr. Aécio neves, sempre orquestrado e orientado por
FHC e sua turma, fazem propositadamente, uma campanha confusa, embasada em
desconstruir tudo o que foi realizado pelo atual governo (governo Dilma
Rousseff) na área social. Como ele quer ganhar, por intermédio de mentiras e
“maracutaias”, a parcela mais carente da população ele não é capaz de negar os
programas sociais de Dilma. Aí ele vai fundo em suas mentiras e diz “vou mais
além, vou ampliar os programas sociais do atual governo” ou “vou pagar um
salário mínimo para quem voltar a estudar”.
Neste sentido, amigos e amigas, a
campanha do Sr. Aécio Neves tem por embasamento a desconstrução das propostas
de Dilma por intermédio de mentiras deslavadas, por promessas vazias, as quais
ele nunca irá cumprir, nem mesmo no campo das intenções. É possível notar que o
discurso de Aécio prima pelas mentiras, escamoteamentos e falsificações,
justamente para se evitar o aprofundamento de propostas sérias e programáticas,
para as quais ele não tem sequer uma proposição. E, para desmascarar estes
falsificadores é preciso mostrar as contradições discursivas, é preciso
remontar as farsas e a história de falsificações de todos os governos tucanos,
desde a época de FHC. A propaganda eleitoral de Aécio está embasada no
fortalecimento dos desejos, demandas e anseios dos poderosos e na negação dos
direitos e conquistas dos mais carentes, em especial as da classe trabalhadora
brasileira.
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