Foto: AFP Photo/NASA (2014) |
Por NTV
Um cometa está prestes a passar muito
perto de Marte, em um encontro que acontece uma vez a cada um milhão de anos e
que será abundantemente fotografado e documentado, informou a NASA. O cometa
C/2013 A1, também chamado "Siding Spring", tem um núcleo de 1,6 km de
diâmetro e é tão pouco sólido quanto um monte de talco.
O astro passará a toda velocidade a
apenas 139,5 mil km do planeta vermelho. Se fosse passar tão perto do nosso
planeta, a distância equivaleria a um terço daquela entre a Lua e a Terra. "Siding
Spring" passará pelo ponto mais próximo de Marte às 18h27 GMT (16h27 de
Brasília) de domingo, 19 de outubro, informou a agência espacial americana.
Embora voe no espaço a uma velocidade
vertiginosa de 202 mil km/h, o pequeno cometa tem poucas probabilidades de se
chocar com a superfície marciana. Mas, de qualquer modo, os cientistas têm
acompanhado com muito entusiasmo sua trajetória e seu rastro.
"Veremos meteoros na atmosfera
de Marte? Os cometas são imprevisíveis", declarou Jim Green, diretor da
divisão de ciências planetárias na sede da NASA, em Washington. "Penso que
é improvável que se destrua", explicou Green a jornalistas. "Mas nos
interessa saber se manterá sua estrutura ou não", prosseguiu.
A NASA pôs suas naves que orbitam
Marte o mais distante possível do local por onde passará o Siding Spring, para
evitar que sofram danos dos vestígios que o cometa soltar ao passar com toda a
velocidade. Embora as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e MAVEN
tenham sido reposicionadas para ficar a salvo da poeira estelar, espera-se que
capturem um tesouro de dados sobre o cometa que fará a alegria dos cientistas.
Enquanto isso, em solo marciano, as
sondas Curiosity e Opportunity apontarão suas câmeras para o céu avermelhado e
enviarão à Terra fotos da passagem do cometa, que devem chegar nas próximas
semanas ou meses. O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório
australiano "Siding Spring", em janeiro de 2013.
Acredita-se que tenha se originado há
1 bilhão de anos na Nuvem de Oort, uma região distante no espaço, de onde
partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do
Sistema Solar", acrescentou a NASA. O cometa viajou mais de um milhão de
anos para fazer esta primeira parada em Marte e só voltará dentro de outro
milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do sol.
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