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sábado, 30 de abril de 2016

O “caos” urbano moderno

Fonte: contrapauta.com (2016)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Há poucos dias me peguei a pensar nos tempos antigos. É interessante como a vida há menos de cinco décadas atrás era muito mais simples. Os projetos de felicidade passavam pelas coisas singelas tais como uma boa conversa, um jogo de truco com os amigos, uma boa pescaria, uma pelada de futebol. A gente tinha tempo para conversar; no almoço, especialmente aos domingos, sentavam todos à mesa e o papo girava sobre os acontecimentos corriqueiros da semana ou de tarefas simples da semana seguinte. Parece que a força do dinheiro era minimizada pela importância da simplicidade e das boas coisas da vida.
Em contrapartida, os tempos modernos, marcados pelo “caos” urbano das grandes e médias cidades brasileiras, tornaram as pessoas mais máquinas e menos humanas. Já não se tem mais tempo para um bom papo, as pessoas estão sempre correndo, sem sequer saber o porquê. O aparelho celular é mais importante que o contato real, corpo a corpo. Não se tem mais tempo e nem justificativa para um almoço coletivo aos domingos, para uma boa pescaria, para o jogo de truco (é lógico que existem exceções).
O nosso cérebro recebe milhões de informações por hora e sequer temos tempo de processá-las. Somos bombardeados o tempo todo pela mídia que constrói sua verdade a qual nos empurram goela abaixo, como se fosse a nossa verdade. Pois bem, meus caros amigos! Não sabemos onde tudo isso irá nos levar. Mas, a verdade é que, vez em quando, bate uma baita saudade dos tempos da simplicidade e dos tempos em que os homens eram um pouquinho mais humanos. Até quando seremos apenas máquinas e abriremos mãos de nossos projetos de seres humanos?   

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Um conselho! E contrariando todas as leis do mercado, é de graça



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
"Em tempos difíceis como os d'agora, esforce-se por ser seletivo. Procure construir sua audiência com quem queira, de fato, ouvir. Não discuta com aqueles que não estão dispostos a ouvir, pois estes, cegamente, já traçaram seus destinos sob as bases fictícias da ilusão. Por outro lado, sempre existem aqueles que estão carentes de ouvir, de procurar alternativas reais que reflitam os interesses maiores do coletivo da humanidade. Com estes podemos reunir forças, traçar alternativas e quem sabe, construir e edificar grandes projetos. Portanto, meus caros amigos, o momento reclama a reunião de forças convergentes, objetivando descortinar e dissipar a névoa que cobre o horizonte. Somente os mais sábios, os mais coerentes, os pacientes e os ousados serão capazes de decifrar o que está oculto para além deste horizonte nublado".

IMERSÃO

Fonte: National Geographic (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Vez em quando, a vida imprime seu ritmo de maneira muito forte, ela parece que apressa os fatos e acontecimentos, a história parece se desenrolar diante de nossos olhos como nunca dantes acontecera, como se as coisas acontecessem tudo ao mesmo tempo. E, quando a gente sente este movimento extremamente intenso, quando a adrenalina jorra com força em nosso organismo, é, com certeza, tempo de imersão.
É momento de mergulharmos dentro de nós mesmos, de procurarmos compreender a sequência lógica (ou ilógica) do desenrolar da história, pois nela estamos completamente imersos. E nesta procura íntima, existe o espaço para a reflexão, de realização do balanço (necessário) de nossos projetos de vida e de mundo. A vida, em toda sua intensidade, nos dá sempre oportunidades de reflexão sobre os caminhos percorridos e de escolha de novos caminhos. E isto é extremamente necessário, extremamente significativo para que possamos compreender de onde estamos falando, para quem estamos falando e, talvez o mais relevante, o que estamos falando.
Realizar este movimento de submersão em nós mesmos nos dá a chance de corrigir percursos, traçar planos e avaliar projetos individuais e principalmente coletivos. Afinal, a vida é como se fosse um grande projeto composta de vários projetos menores que compõem este todo chamado existência. Compreender as diversas etapas de nossa existência significa dar um passo fundamental para o avanço de nossa consciência enquanto ser social, transformadores de nossa própria realidade. Afinal, projetos de vida são fundamentais para continuidade de nossa existência. São como sonhos que fazem parte da vida do homem. E, o homem quando deixa de sonhar, deixa de viver!