Fonte: monsoresprado.blogspot.com (2015) |
Prof.
Dr. Valter Machado da Fonseca
Será o caos? Será o fim, ou
apenas uma leve turbulência? Ou, pensando melhor, será uma saída extremamente
dolorosa para dias melhores? O fato é que estamos vivendo e convivendo com um
turbilhão de coisas estranhas.
A
vida!
Cada dia mais agitada! Recebemos
milhões de informações por segundo e, na grande maioria das vezes não sabemos o
que fazer com elas. Os fatos acontecem de forma cada vez mais desesperadora e
numa velocidade estonteante. Ligamos a TV para assistirmos ao noticiário e eis
o que presenciamos: assassinatos, roubos, violência, crimes cada vez mais
bárbaros. Notícias interessantes, nenhuma! O tempo parece que passa numa
velocidade estrondosa, não temos tempo para mais nada: mal conseguimos parar
para fazer as refeições. As doenças proliferam de uma forma estonteante:
algumas novíssimas, outras novas e volta de muitas das antigas.
A
sociedade!
Parece que os homens já não mais
se entendem: falta carinho, solidariedade, amor, humildade, compaixão, alegria,
fraternidade, liberdade e felicidade. São artigos raros e de luxo! Vivemos na
sociedade do supérfluo e do descartável – surge uma nova mercadoria por segundo
– muitas delas ainda não inventaram a necessidade para seu uso. As relações
humanas se esfumam, volatizam-se e desmancham-se no ar. A relação sociedade/natureza
virou uma via de mão única: a sociedade só cede e o homem só a explora. O homem
tronou-se coisificado: tornou-se mais um objeto a serviço da ganância da
própria espécie.
O
país!
O caos total: corrupção, lavagem
de dinheiro, desvio de verbas, má gestão da coisa pública, economia
descontrolada, crise generalizada, governos inoperantes e incompetente! Parece que
o nosso país está de cabeça pra baixo!
E
nós?
Nós, simples mortais, percorremos
desorientados o labirinto do caos, nos perdemos no mundo do consumo totalmente
desenfreado e, caminhamos, a passos largos, para a barbárie. Em grande parte
das vezes nos vemos totalmente perdidos e desiludidos com a ganância desmedida.
Grande parcela da humanidade subsiste como vegetais, outros nem isso. Se
olharmos para a “Mãe África” vemos etnias totalmente consumidas pela fome e
pela miséria absoluta.
O
que fazer? Há solução?
Resta a nós tentarmos trilhar
nosso caminho no meio de tanto lixo e quinquilharias, driblar a violência,
levantar a cabeça e seguir em frente! É preciso que saiamos de nós mesmos e nos
observemos de fora. Torna-se necessário que observemos o caos e tiremos dele as
lições necessárias. É urgente que iniciemos projetos maiores: de natureza, de
vida e de sociedade. Mas, não servem quaisquer projetos, faz-se necessário que
elaboremos projetos grandiosos (ousados) que deem significação à nossa própria
existência neste planeta. Poder ser que com isto não consigamos mudar muita
coisa. Mas, pelo menos, talvez curemos nossa própria consciência. Assim,
talvez, na pior das hipóteses encontremos sentido, coragem e força para a
construção de nossa grande obra, nossa obra prima, a qual poderá dar um pouco
de sentido à nossa própria existência neste planeta e neste universo em franca
expansão! Então, meus (minhas) caros (caras), procuremos com urgência a saída do
caos: talvez, se cada um de nós tivermos um projeto maior que justifique nossa
existência, talvez consigamos amenizar os grandes problemas e os males que
dominam o mundo, a vida, a sociedade e a nós mesmos!
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