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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ENGENHARIA AMBIENTAL: Uma profissão para o “hoje”, não mais para o futuro!

Foto: Tragédia de Mariana/MG (2015)             Fonte: Estado de Minas (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
A tragédia de Mariana (MG) nos serve para que façamos importantes reflexões acerca do campo das Ciências Ambientais, em especial, da Engenharia Ambiental. Frequentemente, presenciamos em nosso dia a dia, uma angústia por parte de diversos alunos da Engenharia Ambiental sobre o campo de trabalho, sobre a profissão da área ambiental, tais como, é uma profissão nova ou o mercado de trabalho é restrito, dentre outras angústias e inquietudes.
Porém, ao mesmo tempo, verificamos o forte impacto socioambiental sobre a sociedade e o conjunto dos recursos naturais, por falta de planejamento de setores que aplicam tecnologias incorretas em casos e lugares incorretos. Aí, nesses momentos, nesses casos, vemos a essencialidade e a centralidade do trabalho do Engenheiro Ambiental, especialmente em tempos que para muitos interessam apenas a quantidade dos produtos postos no mercado, em detrimento de sua qualidade e das ações de planejamento que essa qualidade requer por parte dos setores responsáveis pela cadeia produtiva de bens e serviços.
Cabe, portanto, à Engenharia Ambiental tirar as lições dos próprios fundamentos que a natureza nos brinda. Enquanto setores inteiros da ciência se preocupam em criar pequenas inovações, visando ao aumento quantitativo da produção, existem lacunas inteiras que precisam ser preenchidas por profissionais compromissados com a qualidade dos serviços prestados, com ações simples de prevenção de riscos e ou minimização de impactos que até poderiam ser evitados se os profissionais se preocupassem com o termo “Planejamento sócio/urbano/ambiental”.
Então, percebe-se que o campo da Engenharia Ambiental cresce e se alarga, assume mais centralidade, na medida em que ações descompensatórias e irresponsáveis são descarregadas obre a natureza e seus recursos. Cabe aos profissionais do campo da Engenharia Ambiental mostrar seu diferencial, apontando soluções embasadas em ações simples e mitigadoras dos graves problemas que a sociedade moderna tanto reclama. Pois, afinal de contas, a complexidade ambiental e constituída da interconexão e encadeamento de elementos extremamente simples e singulares. Portanto, a palavra de ordem é prevenir, por intermédio de estudos sérios de avaliação de impactos socioambientais das ações produzidas pela ciência sobre os recursos naturais. Se esta lógica preventiva estivesse na centralidade do planejamento das ações da tecnologia humana, possivelmente tragédias como a de Mariana (MG) poderiam ser evitadas e, consequentemente, vidas humanas seriam poupadas.  

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