Foto: Correio de Uberlândia (2016) |
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Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Partiu nesta madrugada o maior mito de
todos os tempos nos ringues do boxe mundial, Muhammad Ali, o Cassius Clay,
vítima do Mal de Parkinson. Ele é natural de Louisville, Estado de Kentucky
(EUA). Foi considerado pelos grandes estudiosos do mundo esportivo como o maior
boxeador de todos os tempos. Sem dúvida nenhuma, Ali se imortalizou, tornou-se
um mito dos ringues. Enfrentou e venceu os maiores boxeadores mundiais e, hoje
foi derrotado fora dos ringues por uma doença degenerativa, contra a qual
travou o seu mais longo combate: 35 anos de luta contra o Mal de Parkinson.
Apesar do imenso destaque mundial no
mundo do boxe e do incontestável talento nesta modalidade esportiva, ele se
notabilizou, sobretudo, pelas suas atitudes e posturas fora dos ringues.
Muhammad Ali (nome que assumiu após sua conversão ao islamismo) foi um homem
engajado na luta contra o preconceito racial e contra a opressão norte
americana sobre os países pobres do planeta. Era um homem que tentava alinhavar
seu discurso à prática de contestação à tirania norte americana, especialmente
contra os países periféricos. Isto ficou demonstrado, de forma evidente, em sua
recusa em servir o exército americano quando da invasão do Vietnã.
Assim, a grandeza de seus combates
ganharam muito mais significação diante de sua postura política contra a
exploração e opressão dos povos pobres pelos governos dos EUA. Mais que um
lutador dos ringues, Ali foi um homem contundente em suas ações humanas contra
as injustiças e a discriminação, contra o racismo e o preconceito. Diante disso
sua enorme estatura física se agiganta ainda mais diante de seu caráter e determinação
inabaláveis que nortearam toda a sua vida. Foi-se o grande mito, porém, a
história tratará de eternizar sua figura lendária. Muhammad Ali foi um gigante,
tanto dentro como fora dos ringues, será para sempre um eterno campeão.
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