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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A ESSÊNCIA DOS CONTRÁRIOS

Fonte: wordpress (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
O que seria do silêncio se não houvesse o ruído?
O que seria da luz se não houvesse a escuridão?
O que seria do vazio se não houvesse o cheio?
O que seria do tudo se não houvesse o nada?
O que seria da harmonia se não houvesse o caos?
O que seria da tristeza se não houvesse a alegria?
O que seria da certeza se não houvesse a dúvida?
O que seria da sombra se não houvesse o corpo sólido?
O que seria da leveza se não houvesse o peso?
O que seria do opaco se não houvesses a transparência?
O que seria da ousadia se não houvesse o medo?
O que seria da realidade se não houvesse a utopia?
O que seria da esperança se não houvesse o fracasso?
O que seria do fim se não houvesse o início?
O que seria da mentira se não houvesse a verdade?
O que seria da estática se não houvesse a dinâmica?
O que seria do choro se não houvesse o acalento?
O que seria do fracasso se não houvesse o sucesso?
O que seria da violência se não houvesse a ternura?
O que seria do raso se não houvesse o penhasco?
O que seria da vida se não houvesse a morte?
Pois bem, meu caro amigo! Tudo que existe efetivamente no universo se justifica pela existência dos contrários. Sem os contrários não haveria como balizar nossos sentimentos, nem muito menos justificar nossa essência de ser no universo, ou seja, só existe o infinito porque existe um marco mínimo, mensurável de comparação.

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