Fonte: www.wwf.org.br (2015) |
Prof.
Dr. Valter Machado da Fonseca
Os mais antigos não precisavam de previsão do tempo,
diziam: hoje vai chover, chovia. É tempo de plantar, plantavam e colhiam. Hoje
vai esfriar, esfriava. Hoje vai dar boa pesca, pescavam o peixe fresco. Mas, hoje
tenta-se prever o imprevisto. Tem seca na Amazônia, morrem milhões de peixes.
Tem enchente no Nordeste e seca no Sul. Tem inundação pra todo gosto, no Norte,
no Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste. Hoje, os termômetros marcaram 41°C em
Uberaba. Tem furacão, Tsunami, terremoto, tornados, pragas, chuva ácida, muitas
doenças (novas e a volta das antigas). Enquanto isso continuam fabricando
milhões de automóveis, desmatando a Amazônia, desertificando o Nordeste e o
Sul, brigando por petróleo, contaminando as águas e os solos.
O planeta está seriamente enfermo. Estudos mostram a
gravidade do atual estágio de degradação ambiental do planeta, ao mesmo tempo
em que apontam para soluções incertas e duvidosas. Cientistas chegaram à
desoladora conclusão que a problemática do “Aquecimento Global” tornou-se um
processo irreversível. Já não é mais mera hipótese a afirmação de que a
Amazônia pode virar savana, o cerrado (as manchas que ainda restam), os campos
e o sertão do semiárido podem virar desertos.
A espécie humana, apesar
de possuir apenas alguns segundos de existência, geologicamente falando, já
causou danos e estragos nunca dantes conhecidos. Estas mesmas pesquisas apontam
para a extinção da espécie humana em apenas mais alguns segundos (em tempo
geológico) de existência sobre a face da Terra. Após a extinção do homem, a
terra, com certeza, se recomporá de uma forma mais saudável, sem a ameaça da
existência humana. Aí, a Terra terá conseguido levar a cabo sua reação, terá
expulsado de seu organismo, da forma mais dolorosa, o vírus pernicioso da
prepotência humana, o grande responsável por suas enfermidades e seu estado
febril.
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