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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca ministra palestra na UFTM

Cartaz de divulgação da palestra                                        Elaboração: PET-História - UFTM


Por NTV
Atendendo ao convite do PET-História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), o Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca, docente da Universidade de Uberaba, ministrou, nesta terça feira (28/05), palestra sobre o tema “Periferia: conceito ou preconceito?”. A plateia contou com a presença de alunos e professores do curso de graduação em História da UFTM.
Em sua explanação, o Prof. Valter Fonseca fez uma retrospectiva da evolução dos diversos modelos de sociedade desde os tempos pretéritos até a sociedade atual. Ele elencou os principais momentos e movimentos históricos da implantação do modelo capitalista de produção, enfatizando os aspectos relativos ao processo de escravização de diversas etnias, em especial dos povos africanos, até chegar às Revoluções Francesa e Industrial. Ele destacou os principais fatos e acontecimentos históricos, econômicos e sociais que induziram o surgimento das periferias urbanas, enfatizando os aspectos relativos à desigualdade social e ao desenrolar do processo de segregação socioespacial, em decorrência do valor da terra, da especulação imobiliária e do processo desigual de industrialização/urbanização.
O professor Valter discorreu ainda sobre o fim da dicotomia campo-cidade, o processo de industrialização tardia dos países periféricos e os aspectos negativos da globalização desigual, da qual decorre a marginalização de largos setores carentes e extremamente pobres da população mundial. Por fim, ele realçou os principais assentamentos urbanos localizados principalmente nos países denominados de “Terceiro Mundo”, com destaque especial para as mega-favelas globais, marcadas fundamentalmente pelo crescimento exponencial dos índices de indigência e de pobreza. Por último, o Prof. Fonseca desmistificou a imagem construída pela grande mídia que procura sempre vincular as comunidades das favelas aos processos de contravenção. Ele afirmou que é nas favelas que habita a maioria dos trabalhadores que constroem a riqueza das principais nações do mundo, em especial a nação brasileira.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Engenharia Ambiental/Uniube visita a Serra da Canastra

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)

Visita à Serra da Canastra (maio/2013)                                                       Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter (2013)
Por NTV
Alunos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade de Uberaba visitaram entre os dias 24 e 26 de maio o Parque Nacional da Serra da Canastra. O trabalho de campo foi uma iniciativa do Professor doutor Valter Machado da Fonseca (docente do curso) com o apoio do gestor do curso professor doutor André Fernandes. A visita envolveu os alunos (as) dos componentes curriculares: Projetos de Oficinas Integradas I e Sistemas e Métodos em Solos e Geotecnia I (Geologia Ambiental), ambos sob a responsabilidade do Prof. Valter Fonseca.
Os alunos ficaram hospedados na cidade de São Roque de Minas (MG), situada no sopé da Serra da Canastra. O grupo fez incursões no campo, no sábado e no domingo e visitaram os pontos mais importantes do Parque Nacional, dentre eles a nascente do Rio São Francisco e a cachoeira Casca Dantas com 160 metros de queda d’água. Durante a visita de campo, os alunos assistiram a vídeos no Centro de Visitantes do parque, observaram aspectos da geologia regional (rochas, aspectos da formação de solos, relevo e orogenia), vegetação, flora e fauna regionais.
Além das paisagens exuberantes vistas dos pontos mais altos da Serra da Canastra, o grupo teve a possibilidade de verificar in loco a grandiosidade do imenso mosaico de elementos naturais, dentre os quais brota a nascente de um dos principais rios do país (o São Francisco) que integra a Região Sudeste ao Nordeste do Brasil. Os alunos ficaram muito entusiasmados com a possibilidade da realização de um trabalho de campo que além de ser extremamente gratificante pela exuberância paisagística da Serra da Canastra, ainda permitiu a sedimentação e agregação de novos conhecimentos aos conteúdos formais da grade curricular da sala de aula.
Segundo o professor Fonseca, este tipo de atividade é altamente gratificante não somente para os professores, mas, sobretudo, para os alunos, especialmente pela oportunidade ímpar de agregar novos conhecimentos práticos ao seu currículo acadêmico o que abre para eles novos diferenciais, não somente como futuros profissionais, como também como seres humanos. Por fim, o professor Valter Machado da Fonseca agradece à Universidade de Uberaba, em especial ao Prof. André Fernandes (gestor do curso de Engenharia Ambiental) pelo esforço dedicado à realização desta importante prática de formação humana e profissional de nossos (as) alunos (as).   

terça-feira, 21 de maio de 2013

CINE CULTURA

Cartaz do filme: "A guerra de um homem"

Filme: A GUERRA DE UM HOMEM
Diretor: Sergio Toledo



Mediador: Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (MG) - UFU, Mestre e Doutor em Educação pelo Programa de Pós-graduação do PPGED/FACED/UFU (com ênfase em meio ambiente). Professor dos cursos presenciais de graduação em Pedagogia e nas Engenharias: Ambiental, Civil, de Produção e Elétrica da Universidade de Uberaba – Uniube. Autor dos livros: (1) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PÚBLICA: entrelaçando saberes, unificando conteúdos, (2) ENTRE O AMBIENTE E AS CIÊNCIAS HUMANAS: artigos escolhidos, ideias compartilhadas e (3) O SUJEITO e o OBJETO: educação e outros ensaios 

SINOPSE: “A Guerra de um homem” é um filme que serve de modelo para rememorarmos todos os regimes totalitários sanguinários (ditaduras) que se instalaram na América Latina, principalmente a partir de meados do século XX. A película, dirigida pelo cineasta brasileiro Sergio Toledo e estrelada por Antony Hopkins, no papel de Joel Filartiga se desenrola em território paraguaio sob o regime de ferro do general Alberto Stroessner, que dirigiu o país com as rédeas da tortura e dos assassinatos de todos que discordaram de suas opiniões. Apesar da dureza do regime de Stroessner o médico Joel Filartiga se torna um crítico voraz ao regime da força bruta, da corrupção e dos desmandos. O brutal assassinato de seu filho faz Filartiga perceber que a crueldade do tirano paraguaio não tinha limites. O médico então inicia uma guerra pessoal contra o sistema e seus representantes. O filme se desenrola numa trama, fundamental, para que percebamos o processo de implantação da grande maioria das ditaduras militares instaladas na América Latina, inclusive no Brasil.


NÃO BASTA ASSISTIR. É IMPRESCINDÍVEL DEBATER.

Data: 08/06/2013 (SÁBADO)
Horário: 19h30
Local: Salão da 14º Subseção da OAB (R. Lauro Borges, 82 – Centro)


ENTRADA FRANCA
 REALIZAÇÃO: OAB/UBERABA
ORGANIZAÇÃO:
André Luís Oliveira

Maria dos Anjos Pereira Rodrigues(SEMEC)
APOIO:
AGB/Uberaba

Centro Cultural da UFTM

Instituto Triangulino de Cultura

FAZU - Sociedade Salamandra

Para onde caminha a universidade brasileira?

Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2011)                                                       Fonte: arquivo pessoal (2013)
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
Há poucos dias atrás, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) fez veicular na Internet uma nota contra uma possível lei federal que eximiria os candidatos a professores nas universidades da titulação (mestrado e doutorado) para a docência na Educação Superior (graduação). Isto significaria dizer que bastaria o diploma de graduação para que o profissional pudesse exercer a profissão docente nas universidades públicas brasileiras. Hoje (21/05/2013), no principal jornal da TV brasileira, outra notícia também foi destaque: segundo o telejornal, haverá uma expansão, nunca dantes vista, do número de vagas para o ingresso na universidade pública brasileira, em função do processo de cotas estabelecido pelo governo federal. Aí, ficamos escandalizados com tais afirmações e indagamos: para onde caminha a universidade pública brasileira? Com certeza caminha totalmente na contramão da tendência das maiores e melhores universidades do mundo. Enquanto esta tendência medíocre continuar, o Brasil continuará a não constar nem entre as primeiras 500 melhores universidades do planeta.
É interessante observarmos que a nossa universidade pública está se transformando num verdadeiro “colegião”, um continuum do Ensino Médio. Enquanto nas principais universidades do mundo se luta em defesa da formação de sujeitos que sejam capazes de pensar a sociedade e o mundo; na contramão desta lógica, a universidade brasileira luta pela formação de meros técnicos para atender ao mercado de trabalho. E, o pior de tudo! Técnicos em nível de Ensino Médio e com tecnologia copiada do rejeito tecnológico das grandes universidades estrangeiras. Aquilo que elas descartam, pois já está superado, ultrapassado, o Brasil copia e “enfia goela abaixo” dos nossos jovens estudantes. E tudo se justifica na perseguição de metas traçadas pelos detentores do poder econômico, visando à produção de pseudocientistas (mão de obra barata), cuja única função é auxiliar na propagação dos lucros dos megagrupos financeiros e econômicos mundiais e/ou de uma elite urbana/industrial que se julga juíza suprema da humanidade.
Enquanto tudo isso acontece, os grandes estudiosos e pensadores nacionais têm que sair do país para pesquisar, pois a nossa universidade pública se transformou num grande colégio, travestido de Ensino Superior, que desenvolve algumas pesquisas banais em função dos grandes grupos econômicos inter/multi/transnacionais que assumiram, literalmente, o controle das Instituições de Ensino Superior em nosso país. Na verdade, a “Fuga de cérebros” é comum em nosso país desde os tempos da “Primeira República”. Não está distante o dia em que para ministrar aulas nos programas de mestrado/doutorado bastará ao candidato possuir um título qualquer de graduação.
Pasmem! Caros (as) Leitores (as)! Mas, é exatamente para esta direção que os pensadores da educação brasileira estão marchando. Marcham rumo à banalização total da educação, do ensino e do conhecimento. Estes senhores, em nome de um democratismo barato, destroem e banalizam o verdadeiro papel e a verdadeira função de nossa universidade pública. Na verdade nem pública elas já não são. No máximo são universidades do Estado e do grande capital transnacional. Tomara que algum dia, mesmo que seja num futuro distante, tenhamos orgulho de bater no peito e dizer em alto e bom som: ESTE É O NOSSO BRASIL! ESTA É NOSSA UNIVERSIDADE!


* Escritor, geógrafo, Mestre e Doutor pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor e pesquisador da Universidade de Uberaba (UNIUBE). pesquia.fonseca@gmail.com