Fonte: Arquivo Pessoal (2016) |
Prof. Valter Machado da Fonseca
O nosso mundo anda tão complicado que,
vez em quando, vale a pena brincarmos de “faz de conta”. É verdade, meus amigos
e minhas amigas, o nosso mundo anda meio esquecido dos valores humanos, dos
valores que nos ligam às nossas raízes morais e culturais. Mas, aqui quando me
refiro à moral, não se trata da falsa moral, da moral burguesa sutilmente e
nefastamente construída pela sociedade do consumo, da superficialidade, da
banalidade, da mediocridade ou da imbecilidade. Quando me refiro às raízes
culturais convoco a nossa revisita às nossas origens, às coisas, costumes,
hábitos e tradições ardorosamente construídos e preservados por nossos
antepassados e que nos ligam à terra onde nascemos e que ainda hoje mantêm
acesa a chama das expressões artísticas e do nosso sentimento de
“pertencimento” a um determinado lugar.
O sentimento de “pertencimento” a uma
terra, a um dado lugar não é algo artificialmente produzido para atender aos
interesses de alguém ou de um determinado grupo, não é algo que se acha à venda
nas prateleiras de um Shopping Center ou de um supermercado qualquer. O
“pertencimento” a um lugar trata-se de um valor altamente nobre, ligado à
essência de nosso “ser”, enquanto humanos neste mundo. Trata-se da reconquista
dos valores e aspectos culturais que nos remetem à lembrança fresca e
reconfortante de nossas raízes e que dão real significado à nossa existência em
determinado local neste planeta, seja no Sul, Sudeste, Norte, Nordeste ou nos rincões
dos sertões deste país. Por isso, meus amigos, vez em quando, é extremamente
relevante olharmos para trás e relembrarmos nossos amigos dos tempos de
outrora, pois, se hoje evoluímos em algum sentido nesta vida, esta evolução
teve uma origem, um começo. Portanto, para seguirmos em frente, torna-se
fundamental olharmos sempre para trás, para o ponto onde tudo começou. Reflitam
sobre isto!
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