Fonte: Blog Muito Além (2016) |
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Prezado (a) Leitor (a)!
Por acaso, você já parou para pensar nos
alertas e precauções sobre saúde que a TV, os jornais e o rádio nos trazem
todos os dias? Se observarmos, com atenção, vamos perceber que, segundo a
mídia, quase tudo faz mal à saúde. Em especial, os alimentos, quase que em sua
totalidade, podem trazer sérias consequências para a saúde humana. Todos
aumentam o colesterol, possuem gorduras saturadas, dentre outras sérias
consequências. Somente o ovo, alimento milenar e nosso velho conhecido, já foi
de “bandido” a “herói” uma centena de vezes. E as dietas para perder peso?
Criam mil e uma fórmulas milagrosas para solucionar os problemas, também
milenares, de obesidade. E todas essas campanhas são regadas com uma
superdosagem de sensacionalismo, o tempero ideal para vender as fórmulas e as
notícias.
Não estou dizendo que não devamos ter o
devido cuidado com a saúde e com a escolha de nossos alimentos. O que, de fato,
estou tentando demonstrar é que por trás das notícias existe uma grande pitada
de ideologia consumista, voltada não somente para vender as notícias, mas,
sobretudo, para manter vivo o exorbitante lucro da indústria de alimentos, de
remédios, de vestuário, de material esportivo, de inibidores de apetite, de
revistas e materiais “especializados” em dieta. Aliás, estes setores da
indústria moderna possuem as maiores fatias dos lucros da sociedade de consumo.
Quando noticiam o aumento da produção de
alimentos, nunca dão ênfase às cifras extraordinárias que são gastas em insumos
agrícolas, em agrotóxicos, herbicidas, pesticidas, hormônios, em produtos
transgênicos, dentre inúmeros outros venenos aplicados em nossa agricultura e
pecuária. Quando ficamos seduzidos por aquele tomate [vermelhinho] que vemos na
feira ou no sacolão, ou aquela alface verdinha, aquela cebola, couve-flor,
dentre outras verduras, aparentemente saudáveis, não temos a mínima ideia da
quantidade de agrotóxicos e herbicidas gastas na sua produção. Quando vemos
aquele filé de frango, de carne bovina, de carne suína, aparentemente
saudáveis, não temos a mínima ideia da quantidade de hormônios e outros
produtos utilizados em sua produção. O frango que há poucos anos atrás levava
dois meses para engordar e ser abatido, hoje é engordado em 30 dias.
As fórmulas realmente eficazes para o
combate à obesidade, para uma alimentação saudável, ainda são aquelas que
respeitam o tempo e as regras da natureza. Apesar de os alimentos apresentarem
uma aparência mais feia, a alface, o tomate e a couve da nossa hortinha de
fundo de quintal ainda possuem o seu valor e merecem o nosso respeito. O nosso
franguinho caipira, apesar de ser mais sem jeito, mais magrinho e às vezes até
com as perninhas tortas, também merece o nosso mais profundo respeito,
admiração e consideração. Contra a obesidade, as pesquisas midiáticas ainda não
descobriram nada mais saudável e eficiente que as velhas e seculares caminhadas
e/ou práticas esportivas regulares. As receitas oferecidas pelas leis reais da
natureza, só necessitam de um tempero: uma forte dosagem de simplicidade e bom
humor.
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