A área contínua do cerrado encontra-se, principalmente, no planalto central do Brasil, estendendo-se por cerca de 2 milhões de Km2 e abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
Em termos fisionômicos, o cerrado é uma savana tropical, um bioma em que árvores e arbustos coexistem com uma vegetação rasteira, raramente formando uma cobertura arbórea contínua. O clima não exerce, sobre o cerrado, uma influência preponderante, predomina o tipo tropical estacional, com precipitação média anual de 1500 mm de chuva, concentrando-se mais de 90% dessa entre outubro e março.
Quanto ao solo dos cerrados, 46% deles são profundos, bem drenados e possuem inclinações leves, comumente menores que 3%. A maioria deles é rica em argila e óxidos de ferro (laterita), o que lhes dá a cor avermelhada. Aproximadamente 90% dos solos são ácidos, de baixa fertilidade (com baixa concentração de matéria orgânica, magnésio, fósforo e potássio), e alta concentração de ferro e alumínio.
Em função da heterogeneidade de solos e climas, o cerrado é extremamente rico em biodiversidade.
O cerrado tem somente 1% de sua área protegida por unidades de conservação. Para Mendonça et. al.(1998, p. 300): “o cerrado tem se mostrado muito mais rico do que se previa e muito das suas tipologias são endêmicas da América do Sul e do Brasil. Com isso, a importância de seu patrimônio genético merece maior reconhecimento”. Ainda, um levantamento feito por ele, mostra que o cerrado apresenta 6429 espécies, que incluem 451 variedades e/ou subespécies.
Enquanto o reconhecimento do cerrado não chega e não se elaboram políticas públicas, voltadas à conservação de sua biodiversidade, o cerrado perde espaço para a agricultura comercial moderna, de alta produtividade. O crescimento da demanda por produtos agrícolas e o desenvolvimento tecnológico, conjugado por políticas agrícolas, possibilitaram a ocupação máxima do cerrado. Hoje a fronteira agrícola já ultrapassa os limites do cerrado e começa a ameaçar a floresta amazônica (maior bioma brasileiro).
Em termos fisionômicos, o cerrado é uma savana tropical, um bioma em que árvores e arbustos coexistem com uma vegetação rasteira, raramente formando uma cobertura arbórea contínua. O clima não exerce, sobre o cerrado, uma influência preponderante, predomina o tipo tropical estacional, com precipitação média anual de 1500 mm de chuva, concentrando-se mais de 90% dessa entre outubro e março.
Quanto ao solo dos cerrados, 46% deles são profundos, bem drenados e possuem inclinações leves, comumente menores que 3%. A maioria deles é rica em argila e óxidos de ferro (laterita), o que lhes dá a cor avermelhada. Aproximadamente 90% dos solos são ácidos, de baixa fertilidade (com baixa concentração de matéria orgânica, magnésio, fósforo e potássio), e alta concentração de ferro e alumínio.
Em função da heterogeneidade de solos e climas, o cerrado é extremamente rico em biodiversidade.
O cerrado tem somente 1% de sua área protegida por unidades de conservação. Para Mendonça et. al.(1998, p. 300): “o cerrado tem se mostrado muito mais rico do que se previa e muito das suas tipologias são endêmicas da América do Sul e do Brasil. Com isso, a importância de seu patrimônio genético merece maior reconhecimento”. Ainda, um levantamento feito por ele, mostra que o cerrado apresenta 6429 espécies, que incluem 451 variedades e/ou subespécies.
Enquanto o reconhecimento do cerrado não chega e não se elaboram políticas públicas, voltadas à conservação de sua biodiversidade, o cerrado perde espaço para a agricultura comercial moderna, de alta produtividade. O crescimento da demanda por produtos agrícolas e o desenvolvimento tecnológico, conjugado por políticas agrícolas, possibilitaram a ocupação máxima do cerrado. Hoje a fronteira agrícola já ultrapassa os limites do cerrado e começa a ameaçar a floresta amazônica (maior bioma brasileiro).
A quantidade total de chuvas, a temperatura amena e a energia solar abundante favorecem a utilização intensiva do cerrado e o desenvolvimento de culturas comerciais. A sua topografia e os solos, profundos e de boa drenagem, facilitam a mecanização. Sua vegetação, menos densa que a florestal, é facilmente removida. As jazidas de calcário e fosfato são abundantes e estão bem distribuídas no cerrado.
Por esses fatores, aliados à expansão de infraestrutura de transportes, de armazenagem e eletrificação rural e ao baixo preço das terras do cerrado contribuíram para, rápidas e profundas, mudanças no seu uso. “É bem conhecida a mudança espetacular que ocorreu na aptidão agrícola dos solos do cerrado no Brasil, e que consistiu na descoberta de uma solução para os problemas de baixa fertilidade natural e elevada acidez”, afirma Rezende (2002, p. 1). A melhor aptidão agrícola dos cerrados foi favorecida pela descoberta de novas variedades de sementes, como as de soja e milho.
Devido a todos esses fatores descritos acima, a ação antrópica sobre o cerrado avançou num ritmo espetacular. A fronteira agrícola avançou de forma desenfreada ameaçando, sobremaneira, a biodiversidade do bioma. Das milhares de espécies da fauna campestre, centenas estão em fase de extinção e outras já estão extintas. A introdução das espécies vegetais exóticas (eucalipto, pinus, gramíneas) vem causando um sério desequilíbrio no bioma.
Por esses fatores, aliados à expansão de infraestrutura de transportes, de armazenagem e eletrificação rural e ao baixo preço das terras do cerrado contribuíram para, rápidas e profundas, mudanças no seu uso. “É bem conhecida a mudança espetacular que ocorreu na aptidão agrícola dos solos do cerrado no Brasil, e que consistiu na descoberta de uma solução para os problemas de baixa fertilidade natural e elevada acidez”, afirma Rezende (2002, p. 1). A melhor aptidão agrícola dos cerrados foi favorecida pela descoberta de novas variedades de sementes, como as de soja e milho.
Devido a todos esses fatores descritos acima, a ação antrópica sobre o cerrado avançou num ritmo espetacular. A fronteira agrícola avançou de forma desenfreada ameaçando, sobremaneira, a biodiversidade do bioma. Das milhares de espécies da fauna campestre, centenas estão em fase de extinção e outras já estão extintas. A introdução das espécies vegetais exóticas (eucalipto, pinus, gramíneas) vem causando um sério desequilíbrio no bioma.
O uso da mecanização, com equipamentos pesados vem provocando a compactação do solo, favorecendo processos de erosão, e lixiviação dos nutrientes do solo, através do escoamento superficial das águas. Todo esse impacto sobre a fauna e o solo do cerrado vem acompanhado do desmatamento das matas ciliares, cabeceiras e nascentes dos rios e córregos, aliados ao acúmulo de lixos domésticos e resíduos industriais provenientes das cidades. O caráter predatório desse manejo, nas três últimas décadas, chama a atenção para a necessidade de uma prática sustentável do bioma.
As preocupações com os efeitos da ação antrópica sobre os biomas terrestres são bastante recentes e datam da década de 1970 no diagnóstico do clube de Roma. O conceito atual de desenvolvimento sustentável é decorrente da evolução das noções de ecodesenvolvimento trabalhadas na primeira conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente, realizada em Estocolmo, 1972. O conceito de desenvolvimento sustentável é aquele que “atende as necessidades do presente, sem comprometer as possibilidades das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991).
Essa concepção de desenvolvimento não deixa de ser problemática, à medida que é portadora da noção de balanço entre as necessidades humanas e a capacidade do meio ambiente de atendê-las, colocando, portanto, o homem como centro da vida no planeta e não como uma simples parte desse conjunto.
A proteção da biodiversidade é um fator fundamental para que o desenvolvimento sustentável do cerrado seja atingido. Nesse bioma, deve ser enfatizada a preservação de sua capacidade de recuperação, após a ocorrência de perturbações, e papel de sua biodiversidade neste processo.
Entretanto, nas três últimas décadas, pelo menos 50% dessa biodiversidade já foram convertidas em áreas de pastagens ou de exploração agrícola intensiva, particularmente, culturas de soja e milho. A substituição de uma vegetação rica em espécies de fauna e flora, por uma graminosa ou por alguma forma de monocultura, certamente, traz grandes alterações ecológicas a este vasto e frágil bioma.
A sustentabilidade do cerrado depende da preservação de sua capacidade de recuperação, após a ocorrência de perturbações, daí o papel da conservação de espécies nativas e de sua biodiversidade, em um contexto de massiva introdução de espécies exóticas, que alteram os ciclos biogeoquímicos, modificam o regime de fogo, e são competidoras de espécies nativas, podendo levá-las à extinção reduzindo a biodiversidade do bioma.
Portanto, para se atingir um desenvolvimento sustentável no cerrado, há que se considerar suas particularidades ambientais, econômicas e sociais, propor políticas de conservação e utilização de sua biodiversidade, que se levem em conta o papel da cultura e as práticas seculares dos pequenos agricultores, pecuaristas e coletores, que garantiram, até recentemente, o mesmo padrão de ocupação dos cerrados.
As preocupações com os efeitos da ação antrópica sobre os biomas terrestres são bastante recentes e datam da década de 1970 no diagnóstico do clube de Roma. O conceito atual de desenvolvimento sustentável é decorrente da evolução das noções de ecodesenvolvimento trabalhadas na primeira conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente, realizada em Estocolmo, 1972. O conceito de desenvolvimento sustentável é aquele que “atende as necessidades do presente, sem comprometer as possibilidades das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991).
Essa concepção de desenvolvimento não deixa de ser problemática, à medida que é portadora da noção de balanço entre as necessidades humanas e a capacidade do meio ambiente de atendê-las, colocando, portanto, o homem como centro da vida no planeta e não como uma simples parte desse conjunto.
A proteção da biodiversidade é um fator fundamental para que o desenvolvimento sustentável do cerrado seja atingido. Nesse bioma, deve ser enfatizada a preservação de sua capacidade de recuperação, após a ocorrência de perturbações, e papel de sua biodiversidade neste processo.
Entretanto, nas três últimas décadas, pelo menos 50% dessa biodiversidade já foram convertidas em áreas de pastagens ou de exploração agrícola intensiva, particularmente, culturas de soja e milho. A substituição de uma vegetação rica em espécies de fauna e flora, por uma graminosa ou por alguma forma de monocultura, certamente, traz grandes alterações ecológicas a este vasto e frágil bioma.
A sustentabilidade do cerrado depende da preservação de sua capacidade de recuperação, após a ocorrência de perturbações, daí o papel da conservação de espécies nativas e de sua biodiversidade, em um contexto de massiva introdução de espécies exóticas, que alteram os ciclos biogeoquímicos, modificam o regime de fogo, e são competidoras de espécies nativas, podendo levá-las à extinção reduzindo a biodiversidade do bioma.
Portanto, para se atingir um desenvolvimento sustentável no cerrado, há que se considerar suas particularidades ambientais, econômicas e sociais, propor políticas de conservação e utilização de sua biodiversidade, que se levem em conta o papel da cultura e as práticas seculares dos pequenos agricultores, pecuaristas e coletores, que garantiram, até recentemente, o mesmo padrão de ocupação dos cerrados.
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