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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Seca em rios é oportunidade de limpeza do lixo exposto

Rio Tietê em Salto tem centenas de garrafas PET acumuladas  (Foto: Victor Moriyama/G1)

Por NTV
A seca na Região Sudeste reduziu a vazão de rios importantes, deixando vários trechos com acúmulo de lixo nas margens. Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que este é um bom momento para que o poder público limpe as áreas afetadas, antes da temporada de chuvas. Desde o início do ano, rios como o Tietê, que corta parte da Grande São Paulo, e o Piracicaba, no interior paulista, diminuíram seus níveis. Reservatórios também foram afetados. O Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, por exemplo, caiu muito.
Na região de Santana do Parnaíba, a 30 km de São Paulo, a seca deixou exposta as pedras, normalmente escondidas pelas águas turvas, e evidenciou toneladas de lixo: uma mistura de sofás, sacolas plásticas e muitas garrafas PET. Na cheia, esse lixo navega pelas águas poluídas e "passeia" também pelos municípios vizinhos, como Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva e Salto. Com a seca, uma massa de detritos ficou estacionada na área.
Em Salto, a prefeitura municipal montou uma operação para remover o que ficou acumulado em dois trechos, um deles na Ponte Pênsil, cartão postal da cidade. Operários fizeram rapel para alcançar os materiais. Já foram recolhidos quase três toneladas de lixo contaminado, que será enviado para aterro sanitário. A responsabilidade de recolher o material em rios é das prefeituras, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica, o DAEE, gestor dos recursos hídricos no estado.
Mas, segundo a pesquisadora Monica Porto, professora de engenharia ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o acúmulo de lixo nos rios, tanto na seca, quanto nos períodos de cheia, é apenas parte de um problema maior, que vai desde a deficiência de prefeituras para tratar os resíduos sólidos à falta de conscientização da população, que precisa ser atingida por campanhas de esclarecimento.
Resíduos sem destinação
Estimativa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) aponta que apenas 60% do lixo gerado no Brasil em 2014 terá destino correto. No país existem quase 3 mil lixões e apenas 1,4% das 189 mil toneladas de lixo geradas por dia são recicladas. “É responsabilidade das prefeituras evitar que os materiais cheguem aos rios. Não deveria precisar tirar os resíduos porque eles não deveriam nem ter ido para lá. No fim, as prefeituras acabam exportando esses problemas para órgãos estaduais”, explica a professora.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) analisaram a composição do lixo coletado nas tubulações do sistema de drenagem de Sorocaba, cidade do interior de São Paulo com 630 mil habitantes, e constatou que 17% do materiais foram lançados pelo homem, como vidro, embalagens metálicas e plástico.
Segundo o estudo, é alarmante a quantidade de lixo, que pode entupir canaletas e bueiros, e provocar problemas para a população, como enchentes.

“Há uma quantidade que efetivamente vai para os rios que não sabemos. As prefeituras não têm consciência de limpar [o lixo dos rios], eles não pensam muito nisso. Geralmente fazem campanha de desassoreamento, para diminuir riscos de enchente, mas agora podiam aproveitar [a época de seca] para fazer a limpeza”, explica Sandro Mancini, professor da Unesp e especialista em reciclagem de resíduos sólidos.
Mutirões ajudam, mas são insuficientes
Iniciativas de voluntários para limpar os cursos d'água, como a realizada por moradores de Piracicaba em fevereiro deste ano, que marcaram uma faxina geral no Rio Piracicaba pela internet, são louváveis, mas é preciso muito mais para superar o problema, de acordo com Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da fundação SOS Mata Atlântica.
Ela afirma que uma das soluções para o problema seria o reforço da coleta seletiva nas cidades, já que as cooperativas, onde elas existem, não dão conta de separar todo o lixo. “Precisamos aproveitar essa seca terrível para fazer um alerta, um chamamento das pessoas, pois o lixo só está aí por nossa culpa, do cidadão”.
A ONG, que organiza todos os anos campanhas de conscientização e mutirões de limpeza de rios e praias, avaliou este ano a qualidade de 96 rios, córregos e lagos de 7 estados das regiões Sul e Sudeste. A análise constatou que 40% foram classificados como ruins ou péssimos, sendo as principais fontes de poluição e contaminação a falta de tratamento de esgoto doméstico, produtos químicos lançados nas redes públicas e lixo de diversos tipos.
Na região de Santana do Parnaíba, a reportagem do G1 encontrou a recicladora Cirlene Oliveira, de 44 anos, recolhendo lixo na margem do Tietê.  Ela vende o material para manter o sustento da sua família. Segundo Cirlene, o rio cheio facilita seu trabalho, que é navegar com um barco e recolher os itens recicláveis. Porém, mesmo com a dificuldade atual, ela disse que não acha certo todo esse lixo na água.

OMS registra mais de 1300 casos de ebola e 729 mortos

Foto: ebola vírus                                                    Fonte: CDC (2014)

Por NTV
O balanço da epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus do ebola na África Ocidental aumentou para mais de 1.300 casos, anunciou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). No total, até 27 de julho, 729 pessoas morreram vitimadas pelo ebola, entre elas 47 em apenas quatro dias.
Entre 23 e 27 de julho, foram registrados 122 novos casos (confirmados, proáveis e suspeitos) e foram notificadas 57 mortes na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, acrescentou a OMS. A organização anunciou nesta quinta que lançará, junto com os governos da região, um plano de resposta ao ebola com US$ 100 milhões em recursos.
Também nesta quinta, o presidente de Serra Leoa, declarou estado de emergência pública no país devido ao pior surto de ebola já registrado, que já causou mais de 220 mortes até o momento no território.
O vírus ebola é transmitido por contato direto com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. A febre que provoca se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia. A taxa de mortalidade varia entre 25% e 90% entre os humanos e não há vacina que evite o contágio.

sábado, 26 de julho de 2014

Pesquisadora diz que fungos podem ter extinguido dinossauros

Fonte: primeiraigrejavirtual.com.br



Por NTV
A tese de que a queda de um asteroide teria sido a causa da extinção dos dinossauros há mais de 65 milhões de anos é uma das mais aceitas atualmente pela comunidade científica. Mas, segundo a pesquisadora Sarah Gonçalves, doutora em Ciências pela Infectologia e responsável pelo setor de Fungos Filamentosos do Laboratório Especial de Micologia da Unifesp, há uma teoria de que a história pode ter sido protagonizada por vilões muito menores: os fungos. A pesquisadora falou sobre Micoses e seu Impacto na Redução da Biodiversidade durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre no Acre até o domingo (27).
"Quando a gente fala em redução de biodiversidade, a primeira coisa que vem à cabeça é a extinção dos dinossauros", comenta. A descoberta de uma cratera de 180km no México, provavelmente causada pela queda de um asteroide de 10 Km de diâmetro, é uma das evidências que sustentam a tese mais aceita para a morte dos gigantes.
"Este asteroide poderia provocar um aumento de poeira e de terra capaz de obstruir a luz solar por vários anos. Isso teria ocasionado o resfriamento do ambiente, a morte dos vegetais e, consequentemente, a quebra da cadeia alimentar, levando a uma extinção em massa", explica.
Porém, segundo a infectologista, alguns pesquisadores têm se questionado sobre o fato de os dinossauros terem sido extintos somente 300 mil anos após a queda deste asteroide. A partir disso, outras hipóteses foram levantadas. Uma delas é a de que os culpados pela extinção tenham sido, na verdade, os microorganismos, mais precisamente, os fungos.
"Com a queda dos asteroides, os microrganismos tiveram uma proliferação em massa. Muitos deles, como os fungos patogênicos, atuavam diretamente em animais de sangue frio, como o caso dos répteis. Há maior suscetibilidade dos dinossauros a este tipo de infecção. O que teria gerado a extinção", afirma.
Atualmente há indícios de que várias espécies de anfíbios e mamíferos, como morcegos, também estão sendo extintos pela ação dos fungos.
Micoses
De acordo com o médico Flávio Queiroz Telles, doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias vice Presidente da Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal (ISHAM), das mais de um milhão de espécies de fungos, 500 são de relevância médica. É o caso do ascomiceto Penicillium chrysogenum, do qual se extraiu originalmente a penicilina, um dos principais antibióticos utilizados no combate a infecções por bactérias.
Em contraponto, o doutor afirma que muitas são as fontes de portas de entrada da micose, doenças causadas pelos fungos, como as plantas, hospedeiras naturais, fragmentos de madeira, além dos animais, que também podem hospedar fungos patogênicos em várias partes do organismo.
Além disso, traumas emergentes, como desastres naturais, terremotos, inundações e tsunamis podem contribuir para a doença. "Indivíduos que são arrastados pelo solo apresentam dias depois ferimentos que rapidamente necrosam e se transformam em micoses de implantação", comenta.

Plutão e Caronte podem compartilhar atmosfera

Fonte: UOL (2014)



Por Ian O’Neill
Plutão é muitas vezes considerado um “planeta binário” pela interação gravitacional com sua maior lua, Caronte. Agora, novas descobertas sugerem que eles têm mais do que uma órbita comum: também compartilhariam a mesma atmosfera rarefeita.
A hipótese surgiu depois da publicação de novos modelos do sistema plutoniano na revista Icarus que mostram a transferência de gases de Plutão para Caronte.
Caronte tem uma distância orbital compacta de apenas 19 mil quilômetros, e os dois corpos celestes orbitam em torno de um ponto comum, conhecido como baricentro, localizado acima da superfície gelada de Plutão. Observações recentes mostraram que a atmosfera rarefeita de Plutão é composta sobretudo por nitrogênio. Segundo a hipótese em voga, este gás seria pesado e frio demais para escapar da gravidade do planeta-anão.
No entanto, novas simulações sugerem que sua atmosfera pode ser mais quente e densa do que se imaginava, ou seja, o nitrogênio teria energia suficiente para escapar de Plutão e chegar a Caronte, fazendo com que os dois corpos celestes compartilhem a mesma atmosfera.
Mesmo que existam gases envolvendo Caronte, sua atmosfera seria rarefeita demais para ser detectada por observatórios terrestres. É o que fará a sonda New Horizons da NASA, que está programada para sobrevoar o sistema Plutão-Caronte em julho de 2015, e dispõem de instrumentos para analisar se a lua plutoniana possui atmosfera e se seus gases são provenientes de Plutão.
“A transferência de gases acontece o tempo todo na astronomia, como no caso de estrelas binárias ou de exoplanetas próximos de suas estrelas”, declarou Robert Johnson, da Universidade da Virgínia em Charlottesville, à revista New Scientist. “Cálculos e modelos de computador são uma coisa, mas agora teremos uma nave espacial que vai sobrevoá-los e testar diretamente nossas simulações, o que é empolgante”.