Por Juca Kfouri
Até as traves sabem que enquanto não
se romper a estrutura de poder que vigora há décadas em nosso futebol nada, de
fato, mudará.
Por aqui discutimos muito mais as
consequências do que as causas.
O nome do novo velho técnico pouco
importa porque se fosse o de Pep Guardiola daria no mesmo.
O problema do futebol brasileiro é
muito maior do que ganhar Copas do Mundo, tanto que já ganhou cinco e segue o
cacareco que é, incapaz de organizar ao menos um campeonato atraente e
rentável.
Ganhar Copas interessa aos cartolas
da CBF e seus patrocínios milionários, em regra oportunistas, mas que fazem a
alegria deles e de seus intermediários.
Ao futebol brasileiro interessa
renovar-se, voltar a criar talentos, ter jogos bem disputados e estádios
cheios, com jogadores que entendam o esporte que praticam e técnicos
conscientes de que o papel deles deve ser o de maestros que garantam bons
espetáculos.
Para isso é necessário um choque de
gestão, uma ruptura, uma revolução que certamente não será comandada pelos
herdeiros de João Havelange, o idealizador de uma festa para poucos eleitos.
O Brasil jamais foi “o país do
futebol” embora goste de autoenganar-se a respeito.
Já foi, sem dúvida, o maior produtor
de talentos do futebol mundial, mas faz tempo que não é mais.
Por enquanto é o país dos 7 a 1.
Seguirá sendo com esta gente que está
aí.
Disponível em: http://blogdojuca.uol.com.br/2014/07/nada-de-novo-sob-o-sol/
Acesso em 23 de julho de 2014.
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