Fonte: primeiraigrejavirtual.com.br |
Por NTV
A tese de que a queda de um asteroide
teria sido a causa da extinção dos dinossauros há mais de 65 milhões de anos é
uma das mais aceitas atualmente pela comunidade científica. Mas, segundo a pesquisadora
Sarah Gonçalves, doutora em Ciências pela Infectologia e responsável pelo setor
de Fungos Filamentosos do Laboratório Especial de Micologia da Unifesp, há uma
teoria de que a história pode ter sido protagonizada por vilões muito menores:
os fungos. A pesquisadora falou sobre Micoses e seu Impacto na Redução da
Biodiversidade durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre no Acre até o domingo (27).
"Quando a gente fala em redução
de biodiversidade, a primeira coisa que vem à cabeça é a extinção dos
dinossauros", comenta. A descoberta de uma cratera de 180km no México,
provavelmente causada pela queda de um asteroide de 10 Km de diâmetro, é uma
das evidências que sustentam a tese mais aceita para a morte dos gigantes.
"Este asteroide poderia provocar
um aumento de poeira e de terra capaz de obstruir a luz solar por vários anos.
Isso teria ocasionado o resfriamento do ambiente, a morte dos vegetais e,
consequentemente, a quebra da cadeia alimentar, levando a uma extinção em
massa", explica.
Porém, segundo a infectologista,
alguns pesquisadores têm se questionado sobre o fato de os dinossauros terem
sido extintos somente 300 mil anos após a queda deste asteroide. A partir
disso, outras hipóteses foram levantadas. Uma delas é a de que os culpados pela
extinção tenham sido, na verdade, os microorganismos, mais precisamente, os
fungos.
"Com a queda dos asteroides, os
microrganismos tiveram uma proliferação em massa. Muitos deles, como os fungos
patogênicos, atuavam diretamente em animais de sangue frio, como o caso dos
répteis. Há maior suscetibilidade dos dinossauros a este tipo de infecção. O
que teria gerado a extinção", afirma.
Atualmente há indícios de que várias
espécies de anfíbios e mamíferos, como morcegos, também estão sendo
extintos pela ação dos fungos.
Micoses
De acordo com o médico Flávio Queiroz
Telles, doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias vice Presidente da
Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal (ISHAM), das mais de um
milhão de espécies de fungos, 500 são de relevância médica. É o caso do
ascomiceto Penicillium chrysogenum, do qual se extraiu originalmente a
penicilina, um dos principais antibióticos utilizados no combate a infecções
por bactérias.
Em contraponto, o doutor afirma que
muitas são as fontes de portas de entrada da micose, doenças causadas pelos
fungos, como as plantas, hospedeiras naturais, fragmentos de madeira, além dos
animais, que também podem hospedar fungos patogênicos em várias partes do
organismo.
Além disso, traumas emergentes, como
desastres naturais, terremotos, inundações e tsunamis podem contribuir para a
doença. "Indivíduos que são arrastados pelo solo apresentam dias depois
ferimentos que rapidamente necrosam e se transformam em micoses de
implantação", comenta.
Disponível
em: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/07/pesquisadora-diz-que-fungos-podem-ter-extinguido-dinossauros.html
Acesso em 26 de julho de 2014.
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