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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Geólogos chineses acham material orgânico em meteorito de Marte

Foto: Natural History Museum London (2014)



Por NTV
Um grupo internacional de cientistas liderado por geólogos chineses achou uma substância orgânica similar ao carvão em um meteorito procedente de Marte, informou nesta segunda-feira (22) o jornal independente "South China Morning Post". Esta descoberta, publicada no último número da revista científica Meteoritics and Planetary Science, apresenta novas evidências sobre a possibilidade de que exista algum tipo de atividade biológica no planeta vermelho.
Os pesquisadores encontraram plantas de materiais orgânicos junto a elementos químicos como nitrogênio, enxofre e fósforo, em uma estrutura similar à do carvão que há na Terra. Estas substâncias se achavam em um meteorito chamado Tissint, um composto rochoso com restos que se pensa que se separou de Marte há 700 mil anos, após a colisão de um asteroide.
Este meteorito caiu como uma bola de fogo no Marrocos em julho de 2011 e, após alguns meses de observação e análise dos fragmentos que o compunha, um grupo internacional de cientistas determinou que procedia do planeta vizinho.
Um dos autores do estudo, Zhang Jianchao, físico do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências, explicou que sua equipe acredita que a substância similar ao carvão venha de Marte, em declarações ao 'South China Morning Post'. O Tissint continham altos níveis de deutério, um isótopo do hidrogênio que rara vez se encontra na Terra, mas que é abundante em Marte.
Além disso, segundo a pesquisa, algumas partículas estavam rodeadas por rochas que se formaram muito antes da chegada do meteorito à Terra, provavelmente no tempo em que aconteceu a colisão do asteroide. A substância similar ao carvão terrestre, além disso, carecia do isótopo do carbono C-13, o que, aparentemente segundo os cientistas, sugere que tinha acolhido atividades biológicas.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Arqueólogos encontram no Peru pedra inca com 13 arestas

Fonte: AFP (2014)



Por NTV
Arqueólogos peruanos encontraram uma pedra singular inca com 13 arestas talhadas, a primeira do tipo descoberta no Peru, durante escavações em um canal hidráulico dessa época no monte Incawasi, no sudeste do país. A descoberta foi feita este mês, durante a exploração de um trecho da trilha de Qhapap Ñan (Caminho Inca, em quéchua) que ligava o Império Inca (Tahuantisuyo), estendendo-se por seis países - Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia -, informou nesta sexta-feira (24) o ministério peruano da Cultura.
O Caminho Inca foi declarado, em junho passado, Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, uma distinção que reconhece o engenho de um sistema pré-hispânico que surpreendeu o mundo. Até agora, a pedra de origem inca mais famosa era a de 12 arestas, que integra o muro do palácio arcebispal de Cusco, antiga capital do império inca. Este palácio foi, antes, a residência do imperador Inca Roca. A pedra de 12 arestas é considerada Patrimônio Cultural da Nação.
Perfeccionista
A nova pedra descoberta tem um desenho perfeccionista feito com linhas retas e sem curvas, não possui assimetrias e faz parte da fonte de um sistema hidráulico, que servia para fazer um manejo ritual da água no sítio arqueológico Incawasi, situado no distrito de Huaytará, na região Huancavelica. Segundo o ministério da Cultura, ainda não é possível determinar se este sistema funcionou para fins agrícolas ou se era parte de um ritual dedicado à água.
A água é venerada há vários séculos nos Andes pelos povos que vivem ali, que atribuem a ela uma origem sagrada, vinda do interior das montanhas ou da terra, para depois percorrer vales e ajudar no crescimento de seus cultivos. O império incaico ou Tahuantinsuyo se estendeu entre os séculos XV e XVI.