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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Brasil pode enfrentar aumento de até 7°C na temperatura

Fonte: MSN.com
Por NTV
A primeira parte do novo relatório do IPCC não traz projeções específicas por países – esses detalhes deverão aparecer na segunda parte, que será divulgada em abril do ano que vem –, mas dá para tirar algumas conclusões para o Brasil. Os modelos climáticos que avaliam a temperatura para todo o globo apontam para uma elevação muito provável (probabilidade de mais de 90%) da temperatura em toda a América do Sul, com os valores mais altos para o sul da Amazônia.
A projeção é de um aumento da temperatura média de 0,5°C (centro-sul) a 1,5°C (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) no País até o final do século no cenário mais otimista de emissões de gases de efeito estufa; e de 3°C (sul e litoral do Nordeste) a 7°C (Amazônia) no pior cenário. Também é provável (probabilidade de mais de 66%) que ondas de calor se tornem mais frequentes na Amazônia e no Nordeste. O IPCC afirma ainda que é muito provável que o nível de precipitação vai subir na bacia do Prata e cair no Nordeste e na porção oriental da Amazônia.
A tendência é a mesma apontada há pouco mais de duas semanas no 1º relatório nacional de avaliação dos impactos das mudanças climáticas no Brasil. O trabalho focado na nossa realidade foi compilado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a versão nacional do IPCC. "Os dois estudos vão na mesma linha. Talvez não nos mesmos números porque os modelos climáticos usados diferem um pouco, mas a tendência é a mesma", comenta o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), membro tanto do IPCC quanto do PBMC.
Ele lembra que há dois anos o Nordeste do País tem vivenciado uma de suas piores secas da história, evento que, se levado em conta dentro de uma sequência de outros semelhantes, pode ser interpretado como um sinal de mudanças climáticas. "Só espero que os políticos considerem seriamente o que diz o relatório. Porque ele não é só um relatório, mas o estado da arte do que a ciência conhece sobre o problema. Ainda não é uma catástrofe, mas se nada for feito, as coisas podem piorar", diz. "A pior coisa que os políticos podem fazer é ignorar a ciência e ficar esperando que tragédias aconteçam."
Disponível em: http://estadao.br.msn.com/ciencia/brasil-pode-enfrentar-aumento-de-at%C3%A9-7%C2%B0c-na-temperatura Acesso em: 27 de setembro de 2013.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ilha formada após terremoto atrai curiosos no Paquistão

Fonte: http://g1.globo.com

Fonte: http://g1.globo.com
Por NTV
O terremoto de magnitude 7,7 da terça-feira no sudoeste do Paquistão, que matou 348 pessoas, formou uma ilha em frente ao litoral paquistanês no mar Arábico que agora atrai curiosos, apesar do alerta do Instituto de Sismologia do país de que as pedras da ilha estariam emitindo gases. Um repórter cinematográfico da agência de notícias Reuters registrou bolhas emergindo da superfície que pegavam fogo quando em contato com uma chama de isqueiro.
O terremoto, que afetou a província pobre do Baluquistão e sobretudo a cidade de Awaran, também foi sentido na Índia e Irã. O balanço anterior registrava 328 mortos. "Temos os números confirmados de pelo menos 348 pessoas mortas e 513 feridas", disse à AFP Abdul Latif Kakar, diretor da Administração Provincial para Desastres (PDMA). 'Apenas no distrito de Awaran temos as mortes confirmadas de 305 pessoas, além de 43 vítimas fatais no distrito de Kech", completou. Autoridades paquistanesas decretaram estado de emergência em parte do Baluquistão.
O Exército do Paquistão enviou centenas de soldados por via aérea para ajudar os atingidos pelo pior terremoto no país do sul asiático desde 2005, quando cerca de 75 mil pessoas foram mortas por um tremor no norte do país. Casas foram destruídas e a comunicação foi cortada com o local mais atingido, Awaran. O tremor foi tão forte que provocou a formação de uma pequena ilha no mar em frente ao litoral paquistanês no mar Arábico. Equipes de resgate enfrentaram dificuldade para chegar rapidamente ao local por ser muito remoto, e algumas autoridades disseram que o número de mortos deve aumentar à medida que os homens dos serviços de emergência conseguirem avançar pelas montanhas para verfificar os danos.
De acordo com o porta-voz do governo provincial, Jan Muhammad Buledi, a estrutura médica disponível é insuficiente e "não há espaço para atender os feridos nos hospitais". Em uma zona de 50 quilômetros ao redor do epicentro vivem pelo menos 60 mil pessoas, segundo a agência da ONU para casos de catástrofe.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Avança desequilíbrio radioativo da Terra

Fonte: MSN.com
Por NTV
Fator determinante para o aquecimento global e a elevação do nível dos oceanos, o desequilíbrio radioativo da Terra aumentou 44% em seis anos. Ele é provocado em sua maior parte por emissões de gases de efeito estufa. A estimativa consta do rascunho do relatório que cientistas e delegados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas debatem nesta semana, em Estocolmo.
O documento do primeiro grupo de trabalho do IPCC em 2013 está em discussão na capital sueca e deve ser divulgado entre quarta-feira, 25, e sexta-feira, 27, após o debate ainda em curso entre delegados de 195 países e a comunidade científica. No texto, há destaque para um novo dado sobre a chamada "forçante radioativa", uma unidade de medida que ajuda a comparar as responsabilidades humana e natural pelo aquecimento global.
Segundo o IPCC, a forçante radioativa vem crescendo "mais rapidamente" desde 1970. "O total antropogênico (causado pelo homem) da forçante radioativa para 2011 é 44% maior em relação a 2005." O rascunho ainda é genérico sobre o tema, mas mostra a responsabilidade humana. "Há alta convicção de que isso aqueceu o oceano, derreteu neve e gelo, elevou o nível global do mar", diz o relatório. A sentença ainda pode evoluir até amanhã ou sexta-feira, quando o relatório final deve ser apresentado.
Para o físico Paulo Artaxo, doutor em Física Atmosférica, professor da USP e membro do IPCC, as informações sobre o desequilíbrio radioativo são o que há de mais importante no relatório até aqui. "A forçante radioativa do relatório de 2007 era 1,6 watts por metro quadrado. Agora é de 2,2 watts por m². Isso significa que o homem está alterando muito o balanço radioativo terrestre", explicou ao Estado.
Críticas. As estatísticas sobre o desequilíbrio radioativo são uma resposta importante da comunidade científica às críticas recentes sofridas pelo IPCC quanto à suposta "desaceleração" do aquecimento global. Os pesquisadores alegam que variações em intervalos curtos, como 15 anos, são normais e não mudam a tendência em longo prazo. Nessa terça-feira, 24, delegados de Brasil e Alemanha, por exemplo, defenderam que o trecho sobre "desaceleração" seja retirado do texto. Cientistas debateram o relatório das 9 horas até as 22 horas.

domingo, 22 de setembro de 2013

Brasil está perdendo biodiversidade que sequer conhece, alerta Ipea


Por NTV

Estudo divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o Brasil deveria ter no conhecimento e na conservação da biodiversidade uma de suas estratégias para o desenvolvimento, para aproveitar seu privilegiado capital natural.  Mas o Ipea ressalta que, no que diz respeito à diversidade genética, "o conhecimento é, certamente, o mais incipiente e a pesquisa em exemplares da biodiversidade brasileira encontra-se no início".

“Se a maioria das espécies nativas é desconhecida, menos ainda se sabe acerca de seus genomas”, diz o relatório. De acordo com o Ipea, grande parte da informação está sendo irremediavelmente perdida, à medida que espécies se extinguem ou variedade interna é reduzida. “Entre essas perdas podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará. Daí a necessidade de se estimular iniciativas de valorização, pesquisa e conservação desse patrimônio”.

Conservação

O instituto, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, afirma que, em relação à conservação da diversidade de espécies, o Brasil apresenta um nível de conhecimento e estrutura de pesquisa acima de outros países megadiversos, mas ainda assim carece de mão-de-obra especializada, como de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos), diz o Ipea. O país tem significativo potencial para descoberta de novas espécies, seja por meio da revisão do material já depositado em coleções no Brasil e no exterior, seja pela realização de inventários em regiões pouco amostradas.

O instituto ressalta que a infraestrutura e a formação de pessoal para caracterização da diversidade da de microorganismos encontram-se em estágio embrionário, o que é um entrave à sua exploração tecnológica. “Isso torna-se particularmente relevante ante a crescente importância econômica da biotecnologia, inclusive sob o ponto de vista estratégico em ciência”, comenta o estudo.

Vantagem competitiva

Aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo, a despeito das exigências contidas em normas específicas. “Considerando-se o amplo desconhecimento sobre a biodiversidade brasileira e de seus benefícios para a humanidade, e ainda a larga taxa de alteração que os biomas vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, é bastante provável que parte considerável do capital natural brasileiro esteja sendo eliminada antes mesmo de ser conhecida pela ciência. Isso pode representar o desperdício de uma grande vantagem competitiva de nosso país, que é o uso sustentável desse patrimônio”.

O estudo defende que o potencial de perda da biodiversidade seja considerado na tomada de decisões para implementação de políticas e ações, nas esferas públicas e privadas, de forma a evitá-lo. Em relação a isso, o Ipea destaca as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem, de acordo com os autores, importantes vetores associados a essa perda.

Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/02/brasil-esta-perdendo-biodiversidade-que-sequer-conhece-alerta-ipea.html 
Acesso em: 23/09/2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Terra será habitável por pelo menos outro 1,75 bilhão de anos, diz estudo.

Fonte: EFE (2013)
Por NTV
As condições que fazem com que o planeta Terra seja habitável durarão, pelo menos, outro 1,75 bilhão de anos, segundo um estudo realizado por cientistas da universidade inglesa de East Anglia. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira pela revista 'Astrobiology', revela o tempo de habitabilidade da Terra com base na distância para o sol e nas temperaturas que possibilitam que o planeta tenha água líquida. A equipe de cientistas observou as estrelas na busca de inspiração e usaram alguns planetas recentemente descobertos fora de nosso sistema solar (exoplanetas) como exemplos para calibrar seu potencial para abrigar vida.
O responsável pelo estudo, Andrew Rushby, da Escola de Ciências Ambientais da Universidade de East Anglia, explicou que foi utilizado 'o conceito de zona habitável para fazer estimativas', ou seja, 'a distância de um planeta em relação a sua estrela que faz com que as temperaturas sejam propícias para ter água líquida na superfície'. 'Usamos os modelos de evolução estelar para calcular o final da vida habitável de um planeta, determinando quando deixará de estar na zona habitável', disse Rushby. A equipe de cientistas considerou 'que a Terra deixará de ser habitável em algum momento dentro de 1,750 bilhão e 3,250 bilhões de anos'.
'Passado este ponto, a Terra estará na zona quente do sol, com temperaturas tão altas que os mares se evaporarão. Acontece um evento de extinção catastrófica e terminal para toda a vida', raciocinou. O responsável pela pesquisa acrescentou que 'certamente, as condições dos seres humanos e de outras formas de vida complexas se tornarão impossíveis muito antes', algo que, segundo disse, 'está acelerando a mudança climática' gerada pelo homem. 'Os humanos teriam dificuldades inclusive com um pequeno aumento na temperatura e, perto do final, somente os micróbios em alguns nichos ambientais seriam capazes de suportar o calor', explicou.
Rushby disse que ao olhar para o passado 'uma quantidade similar de tempo, sabemos que houve vida celular na terra' e deu como exemplo que 'tivemos insetos há 400 milhões de anos, dinossauros há 300 milhões e plantas com flor há 130 milhões de anos'. 'Anatomicamente, os seres humanos só existiram durante os últimos 200 mil anos, por isso que se vê que é preciso muitíssimo tempo para que se desenvolva a vida inteligente', disse.
A quantidade de tempo habitável de um planeta é relevante pois revela dados sobre a possibilidade de evolução da vida complexa, 'que é a que provavelmente mais requeira de um período de condições de habitabilidade'. 'A medição de habitabilidade é útil porque nos permite investigar a possibilidade de que outros planetas abriguem vida e para entender que a etapa da vida pode estar em outro lugar da galáxia', segundo explicou Rushby. Os astrônomos identificaram quase mil planetas fora do sistema solar, alguns dos quais foram analisados por estes especialistas, que estudaram a natureza evolutiva da habitabilidade planetária sobre o tempo astronômico e geológico.
'Comparamos a Terra com oito planetas que estão atualmente em sua fase habitável, incluindo Marte. Descobrimos que os planetas que orbitam estrelas de massa menor tendem a ter zonas de vida mais habitáveis', acrescentou.