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sábado, 26 de abril de 2014

Telescópio espacial registrou aglomerado de mais de 800 mil estrelas

Fonte: AFP Photo/HO/Nasa/ESA (2014)
Por NTV
Uma imagem divulgada pela agência espacial americana (NASA) nesta quinta-feira (9) propicia uma visão privilegiada das entranhas da Nebulosa da Tarântula, que abriga mais de 800 mil estrelas jovens e é conhecida como uma "fábrica de estrelas".
A imagem foi possível graças à visão infravermelha do Telescópio Espacial Hubble. Para realizar o feito, de acordo com a agência AFP, foram utilizadas a Câmera de Campo Aberto 3 (WFC3) e a Câmera Avançada para Pesquisas (ACS) do telescópio. As observações fazem parte do "Projeto do Tesouro da Tarântula", que busca mapear e estudar os milhares de habitantes estelares da nebulosa.
Segundo a NASA, por conter o aglomerado de estrelas observáveis mais próximo a nós, a Nebulosa da Tarântula tornou-se um laboratório para analisar de perto o nascimento das estrelas. O Hubble é capaz de focalizar estrelas individuais e muitas protoestrelas vermelhas, assim como gigantes vermelhas e supergigantes, possibilitando aos atrônomos um panorama do nascimento e evolução dos astros.
A Nebulosa da Tarântula fica a 170 mil anos-luz da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea. "Por causa dos detalhes requintados do mosaico de imagens do Hubble, e de sua grande amplitude, podemos seguir como os episódios de nascimento de estrelas migram pela região através do espaço e tempo", diz a astrônoma Elena Sabbi, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, em Baltimore.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Nota do Enem valerá em processo seletivo da Universidade de Coimbra (POR)

Foto: EFE (2014)
Por NTV
A Universidade de Coimbra, em Portugal, será a primeira instituição estrangeira a usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de acesso ao ensino superior a partir de 2014. A medida só valerá para candidatos brasileiros. O Enem já é usado como parte do processo seletivo de todas as universidades federais do Brasil desde o ano passado.
Os brasileiros que usarem a prova estarão dispensados dos exames nacionais portugueses, que funcionavam como sistema de acesso até agora. A partir deste ano, a instituição aceitará os resultados do Enem de 2011, 2012 e 2013. Em Coimbra são oferecidas graduações como Administração, Arquitetura, Direito, Engenharia Civil, Odontologia e Psicologia.
As notas do exame terão pesos diferentes de acordo com o curso pretendido, o que pode ser calculado por uma tabela de conversão de notas. O desempenho na prova de Matemática do Enem, por exemplo, é mais importante para os interessados em Engenharia do que para candidatos a Direito. A mensalidade na instituição é de 700, cerca de R$ 2.150.
Segundo o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Joaquim Ramos de Carvalho, o Enem tem padrão elevado de qualidade e a medida promete facilitar o intercâmbio de estudantes brasileiros. "O Enem já é o exame de acesso de várias boas universidades brasileiras e avaliamos que também serviria de qualificação para nossos candidatos", afirmou Carvalho. "Não faz sentido obrigar os estudantes brasileiros que já fizeram o Enem a passar por outro processo seletivo difícil", disse o vice-reitor. Atualmente, 2.059 alunos do Brasil estudam na instituição de Coimbra.
No mês passado, o governo português publicou uma lei que permite às universidades do País criarem seus próprios sistemas de ingresso à graduação, alternativa que não existia antes. A medida pode dar espaço para que outras instituições portuguesas copiem a iniciativa da Universidade de Coimbra. De acordo com o Ministério da Educação brasileiro, ainda não há outras universidades estrangeiras que usam o Enem como parte do processo seletivo. A pasta ainda não confirma a data, mas estuda aplicar o exame nos dias 8 e 9 de novembro. A última edição da prova teve recorde de inscritos: 7,1 milhões de candidatos.
Consolidação. Para o especialista em avaliação educacional da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cipriano Luckesi, a iniciativa da escola portuguesa representa mais um voto de confiança no Enem. "Isso reconhece a importância do exame", disse. Segundo ele, o uso do Enem para entrar em Coimbra também pode estreitar as relações acadêmicas. "Já temos bastante mobilidade de professores e alunos. Precisamos fortalecer a equivalência de títulos (diplomas)", afirmou.
A proposta ainda confirma, para especialistas, o interesse de universidades europeias, afetadas pela crise econômica, em atrair mais brasileiros. Esse processo já foi intensificado nos últimos anos com o Ciência sem Fronteiras, programa de intercâmbio do governo federal que pretende levar 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros ao exterior até 2015. Portugal, porém, não está mais entre os países de destino do programa.

Mudanças climáticas ameaçam espécies marinhas na Antártida

Foto: Reuters (2014)
Por NTV
A grande diversidade de espécies marítimas que habita a península antártica está em perigo devido ao aquecimento global e à ação dos homens, segundo uma pesquisa de cientistas argentinos. As substâncias liberadas na atmosfera pelas atividades industriais e agropecuárias no mundo todo terminam, pela própria ação da natureza, nas regiões polares e provocam um aumento nas temperaturas da área.
Esse é um dos fenômenos que contribuiu para transformar a península antártica no ponto austral onde as temperaturas se elevaram com maior rapidez nos últimos 50 anos, o que ainda intriga os analistas.
"Isso se vê acelerado por oscilações anualizadas associadas ao fenômeno do El Niño e à mudança dos centros de alta e baixa pressão que ocorre no Atlântico Sul, motivo pelo qual os ventos predominantes foram do mar, que tem maior temperatura, ao continente", explicou à Agência EFE o pesquisador Ricardo Sahade, do Instituto Antártico Argentino. Essas mudanças profundas, somadas à atividade nas bases instaladas no continente gelado, afetaram o ecossistema, sobretudo o meio submarino bentônico, ou seja, a vida que habita o leito do mar.
Professor da Universidade Nacional de Córdoba e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), Sahade integra uma equipe de especialistas que se dedica, desde 1994, a estudar na enseada Potter, da base argentina Carlini, as consequências do aquecimento global nessas comunidades submarinas. "90% das geleiras da península retrocede e na enseada Potter foi muito evidente. Há uma geleira que, em 1996, terminava no mar e agora retrocedeu ao ponto de deixar uma nova ilha descoberta", acrescentou.
Esse retrocesso causou a entrada de sedimentos da terra no mar, o que dificulta a alimentação das espécies bentônicas que se nutrem de filtrar partículas de água. "Aí vimos grandes mudanças nessas comunidades em um tempo muito curto, o que era absolutamente inesperado", ressaltou Sahade.
As espécies que mais sofreram as consequências foram as ascídias, conhecidas como "batatas do mar", embora também tenham sido afetadas as esponjas, os corais e algumas algas marinhas. "É a primeira mudança que se observa desta magnitude pela mudança climática", especificou o pesquisador argentino, que admitiu que o maior conhecimento do impacto na vida animal se observa nos arredores das bases.
"Os fiordes, como o espaço analisado na enseada Potter, praticamente não foram estudados e o que estamos vendo é que isso pode estar ocorrendo ao longo de toda a península", disse. Além disso, os cientistas tentam esclarecer as incógnitas sobre a ilha recém-descoberta após o retrocesso da geleira, que apareceu cheia de microrganismos. Os cientistas se perguntam se esses microrganismos já viviam sob o gelo ou se desenvolveram nos seis anos que demoraram desde que a geleira deixou descoberta o lugar até que tomaram as mostras para analisar.
"Na Antártida, todos os processos biológicos, como a colonização, são muito lentos" e qualquer das duas opções tem desconcertados os especialistas, acrescentou Sahade. "Este lugar sempre nos traz surpresas", concluiu o cientista.

sábado, 19 de abril de 2014

Descoberto o 1º exoplaneta do tamanho da Terra em zona habitável

Foto: Kepler 196f                                                                              Fonte: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech (2014)

Foto: Os Planetas: Terra e Kepler 196f                                                                                                    Fonte: NASA (2014)
Por NTV
Cientistas anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar de tamanho similar ao da Terra e onde pode existir água em estado líquido, o que, em tese, o torna habitável. O exoplaneta, denominado Kepler-186f, foi identificado por pesquisadores da NASA usando o telescópio Kepler, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica "Science".
"A intensidade e o espectro da radiação do Kepler-186f o colocam na zona estelar habitável, implicando que, se ele tiver uma atmosfera como a da Terra, então uma parte de sua água provavelmente está em forma líquida", diz o estudo. O telescópio Kepler permite identificar planetas em sistemas distantes medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam quando passam na frente das estrelas que orbitam, ou seja, o equipamento não "enxerga" o planeta diretamente.
O Kepler-186f, que orbita a estrela anã Kepler-186, fica na constelação do Cisne, a cerca de 500 anos-luz da Terra. Ele é o quinto e mais afastado de um sistema de cinco planetas, todos com tamanho parecido com o da Terra. "É extremamente difícil detectar e confirmar planetas do tamanho da Terra, e agora que encontramos um, queremos encontrar mais", disse em uma teleconferência Elisa Quintana, pesquisadora do Instituto para a Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI).
Descoberta do kepler 196f
Em fevereiro, a agência espacial americana anunciou que o telescópio Kepler, que orbita a 149,5 milhões de quilômetros da Terra há cinco anos, tinha acrescentado 715 exoplanetas à lista de mil corpos que orbitam estrelas a uma distância que torna possível a existência de água e, portanto, de vida.
A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.