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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A PIOR IGNORÂNCIA É A INTOLERÂNCIA!


Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2014)


 Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

Após a divulgação do resultado das eleições presidenciais do segundo turno, ao ler algumas notícias no portal UOL, fiquei boquiaberto com comentários de eleitores insatisfeitos com o resultado eleitoral. A maioria deles são pessoas do Estado de São Paulo, que em sua fúria, resolveram despejar seu ódio no povo sofrido do Nordeste brasileiro. Foram xingamentos tão baixos, rasteiros, xenofóbicos, que até me desencoraja de repeti-los.

Essas pessoas precisam refletir sobre seus comentários, precisa examinar a história destes pouco mais de 500 anos de Brasil. Foi exatamente no Nordeste brasileiro que esta nação nasceu. Ao contrário de muitos comentários fascistas e xenofóbicos, foi exatamente este povo sofrido do nosso Nordeste que iniciou a construção das riquezas deste país. Foram eles que primeiro foram explorados pela Coroa Portuguesa, no auge do “Pau Brasil”, da “Cana-de-açúcar” que sugou até a última gota a fertilidade de seus solos.

No auge da borracha foram os nossos irmãos Nordestinos que fizeram todo o trabalho pesado para sustentar os barões da borracha. Foram eles (os nordestinos) a experimentarem primeiro a chibata da escravidão, a “Casa Grande” e a Senzala”. Também foram eles os primeiros a enfrentar os desmandos e torturas, a exemplo de Zumbi dos Palmares. Foram eles que enfrentaram os desmandos do governo por meio da Batalha de Canudos. Foram eles que construíram Brasília, iniciaram e consolidaram a riqueza de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. É o povo heroico do nosso Nordeste que aprendeu a conviver com a seca, que estamos experimentando agora e começamos a perceber o valor que tem a água. Não dá para enumerar tudo que este povo sofrido já fez para este país.

Por tudo isso, é preciso ter cuidado ao plantar o ódio e intolerância no lugar errado. A verdadeira política não é o ódio, é o livre debate de ideias, de projetos. O verdadeiro político é aquele que combate a intolerância justamente com a tolerância, com o debate saudável capaz de edificar bons projetos, de fazer florescer e frutificar a boa semente. O bom político é aquele que é capaz de refletir sobre sua derrota, sabe tirar dos erros os acertos. A xenofobia e a intolerância são um passo para o fascismo e a gente já teve mostras históricas de onde pode chegar o ódio fascista (vejam o ódio de Adolf Hitler). Perguntem ao povo Judeu, aos palestinos, aos discriminados, aonde pode levar a intolerância.

Diante de tudo isto, eu saúdo o povo tão sofrido do Nordeste. Salve o grande povo nordestino, salve Jorge Amado, Antônio Conselheiro, Zumbi dos Palmares, Lampião, Padre Cícero, Paulo Freire, Dorival Caymmi, Caetano Veloso (que aliás escreveu “Sampa”, um hino a São Paulo), Maria Betânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Dominguinhos. Viva a capoeira, o vatapá, o acarajé! Salve o nobre e grande povo do nosso Nordeste. Por isso, meus amigos e amigas, é preciso examinar, de perto, a história da construção de nosso país, antes de sair por aí semeando o ódio e a intolerância, pois eles podem ser os sinais mais visíveis de nossa própria ignorância.      

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ATÉ QUE PONTO PODE CHEGAR A ESTUPIDEZ?

Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2014)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Há poucos minutos eu li uma notícia: “Falta de parceria da união agravou crise da água, diz Aécio”, disponível em: http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/20/aecio-rebate-dilma-e-diz-que-falta-dagua-em-sp-e-culpa-do-governo-federal.htm . Vejam vocês a que ponto pode chegar a mentira, estupidez de um candidato desesperado à cata de votos dos incautos. Este indivíduo deve achar que o nosso povo é, no mínimo idiota.
Deixando de lado o problema das “Alterações climáticas” do último período, que tem provocado uma forte escassez hídrica, fenômeno que pode ser explicado pela ocupação e uso desordenado dos recursos naturais, fruto de ações antropogênicas sem nenhum planejamento socioambiental, combinadas com eventos naturais provenientes da dinâmica também natural do planeta Terra, há que se ressaltar que o Estado de São Paulo (governado pelos tucanos já faz algum tempo) é um dos mais ricos e abastados da Federação.
Trata-se do maior polo industrial brasileiro! É um dos Estados que mais arrecada impostos (até mesmo os da indústria dos pedágios, implantada também pelos tucanos). É também um dos estados que mais privatizou suas empresas (grande obra do pai do tucanato, FHC). Onde está todo este dinheiro? Por que nunca fizeram um planejamento efetivo de provimento de água para aliviar o “Sistema Cantareira”, uma vez que o problema das secas vem se intensificando, ano após ano, sinalizando para as grandes metrópoles, a exemplo de São Paulo, para a necessidade de planejamento de novas fontes alternativas de abastecimento de água para as populações urbanas?
Não sei não! Mas, até parece que o Sr. Aécio Neves torce pelo agravamento da seca em São Paulo e em outras cidades brasileiras para que ele possa jogar toda a culpa na Dilma. Não é possível que algum brasileiro em sã consciência vá cair nessa esparrela. Não consigo acreditar sequer que algum cabo eleitoral tucano tenha a coragem de fazer tal afirmação. Este é um caso que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem que examinar mais de perto e com maior lucidez. O nosso povo não merece ser enganado dessa forma e com este grau de irresponsabilidade. Parece que o Sr. Aécio Neves perdeu totalmente a lucidez ou então resolveu revelar toda a sua estupidez.
Por fim, esquecendo as sandices do Sr. Aécio Neves, o problema do abastecimento d’água, assim como o uso e manejo eficientes dos nossos recursos naturais é um problema de todos os governos e de todos os povos e nações. É um problema sério demais e deve ser pensado imediatamente por todos, independentemente de quaisquer processos eleitorais.  

domingo, 19 de outubro de 2014

AS FALÁCIAS DO DISCURSO DE AÉCIO NEVES!

Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2014)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Caros amigos e amigas! Acho que as considerações que tentarei passar a vocês servem para que possamos refletir melhor sobre o discurso falacioso do Sr. Aécio Neves, utilizado na maioria de sua campanha eleitoreira. Aqui, procurarei analisar as lacunas de sua fala, a qual aparentemente surge como algo novo, entretanto, escondem em suas entrelinhas, no “não dito” como diria Michel Foucault, uma série de falcatruas, mentiras e planos ditados pelos banqueiros e os grandes grupos econômicos internacionais que querem tomar o controle do país, via possível governo da tucanada.
É notório que os governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), dos quais Aécio é herdeiro direto, foram marcados por políticas entreguistas do patrimônio brasileiro para as grandes empresas inter/multi/transnacionais. É só relembrarmos dos mirabolantes planos de privatizações das empresas estaduais e nacionais altamente rentáveis brasileiras e que o Sr. FHC entregou a preço de banana para o capital estrangeiro, como a Cia Vale do Rio Doce (CVRD), a Fertilizantes Fosfatados (Fosfértil), o Banco do Estado de São Paulo (BANESPA), o Banco do Estado de Minas Gerais (BENGE), a Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), a USIMINAS, dentre inúmeras outras. Os ataques sistemáticos à Petrobrás, tendo como principal apoio a Rede Globo de Televisão, têm como verdadeiro pano de fundo o enfraquecimento de nossa principal estatal do campo petrolífero, visando a construir as justificativas para sua privatização por um possível governo Aécio Neves, apoiado pelos pais das privatizações como FHC, José Serra, Geraldo Alkmin, Álvaro Dias, Arlindo Chinaglia, dentre diversos outros. Onde foi aplicado o dinheiro arrecadado nas privatizações de FHC? Disseram que seria aplicado na saúde e na educação, porém estes dois setores não receberam nenhum centavo, Então, onde está este dinheiro?
Mas, estes elementos não parecem claramente na fala de Aécio, não são claros em seus discursos, pois, caso contrário, deixariam à mostra sua verdadeira política entreguista e, ao mesmo tempo afastaria seu possível eleitorado. Assim, Aécio, orquestrado por FHC e toda sua “Banda”, usa de termos que confundem os eleitores como “saneamento” da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal. Assim, meus queridos amigos e amigas, podem botar um sinal de igual entre saneamento e privatização nos discursos dos tucanos. Quando ele fala em “ajustes” maiores da economia com redução dos gastos em “áreas estratégicas”, podemos ler “política de arrocho e redução dos salários dos trabalhadores para atender a agenda do FMI. Ou seja, trata-se de uma política de fortalecimento dos mais ricos e enfraquecimentos dos mais pobres. 
O que se pode notar até o presente momento é que o Sr. Aécio neves, sempre orquestrado e orientado por FHC e sua turma, fazem propositadamente, uma campanha confusa, embasada em desconstruir tudo o que foi realizado pelo atual governo (governo Dilma Rousseff) na área social. Como ele quer ganhar, por intermédio de mentiras e “maracutaias”, a parcela mais carente da população ele não é capaz de negar os programas sociais de Dilma. Aí ele vai fundo em suas mentiras e diz “vou mais além, vou ampliar os programas sociais do atual governo” ou “vou pagar um salário mínimo para quem voltar a estudar”.
Neste sentido, amigos e amigas, a campanha do Sr. Aécio Neves tem por embasamento a desconstrução das propostas de Dilma por intermédio de mentiras deslavadas, por promessas vazias, as quais ele nunca irá cumprir, nem mesmo no campo das intenções. É possível notar que o discurso de Aécio prima pelas mentiras, escamoteamentos e falsificações, justamente para se evitar o aprofundamento de propostas sérias e programáticas, para as quais ele não tem sequer uma proposição. E, para desmascarar estes falsificadores é preciso mostrar as contradições discursivas, é preciso remontar as farsas e a história de falsificações de todos os governos tucanos, desde a época de FHC. A propaganda eleitoral de Aécio está embasada no fortalecimento dos desejos, demandas e anseios dos poderosos e na negação dos direitos e conquistas dos mais carentes, em especial as da classe trabalhadora brasileira.