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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O NEOLIBERALISMO E SEUS REFLEXOS NA EDUCAÇÃO – REVISTA KULTUR



Caros (as) amigos (as) do!

É com grata satisfação, que disponibilizo a todos os meus amigos e amigas um singelo texto de minha autoria, publicado na revista KULTUR de hoje (22/12/2016) e que propõe uma importante reflexão sobre o projeto neoliberal, em curso no Brasil, o qual que atinge, em cheio, a Educação e o Trabalho Docente. Amigos (as)! Vale a pena dar uma olhadela. Disponíel ni lnk abaixo:
http//revistakultur.com/2016/12/21/o-neoliberalismo-e-seus-reflexos-na-educacao/

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A DIDÁTICA DA NATUREZA E A DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

Fonte: DPE/UFV (2016)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Esta é a palestra que irei ministrar no dia 17 de novembro pelo Departamento de Educação da Universidade Federal de Viçosa (DPE/UFV). É uma reflexão extremamente importante para todos nós, principalmente em tempos nos quais a ação do homem sobre os recursos da natureza provoca fortes desequilíbrios socioambientais e a escassez e migração hídricas são sintomas do uso desordenado desses recursos. Nesta palestra tecerei uma abordagem crítica sobre esta relevante temática. Vale a pena conferir!

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A LIBERDADE ESTÁ DENTO DE NOSSA CONSCIÊNCIA




Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

É complexo o entendimento do lugar em que se situa a consciência humana. Mas, para decifrarmos isto é fundamental que entendamos nosso papel na vida e no mundo. E, para isso, é preponderante compreendermos o lugar de centralidade do trabalho humano e a alienação deste trabalho na sociedade capitalista. Este modelo de sociedade que se desenvolveu inicialmente em função da produção de mercadorias para o atendimento de nossas necessidades básicas: alimentação, vestuário, habitação, transporte, enfim, um trabalho que se justificava pelo atendimento dessas necessidades, o que em seu nascedouro objetivava ao bem-estar das populações. Então, a mais-valia se produzia em função das medicações de primeira ordem (nos dizeres de Marx). Nos tempos d’agora, toda esta lógica é substituída pela agregação da alienação e estranhamento do trabalho humano.
Então, a alienação e o estranhamento passaram a se constituir nas principais estratégicas para a produção e o consumo de mercadorias, as quais nos tempos modernos, fazem pouco ou nenhum sentido para a existência humana. Em primeiro lugar o modelo capitalista inventa novos produtos, novas mercadorias, para os quais não existem necessidades objetivas, porém, se constituem nas principais estratégias para a manutenção e expansão do lucro. A partir da alienação e do estranhamento do trabalho, todos os que vivem do trabalho já não se veem refletidos no fruto de sua atividade laborativa. Neste sentido, o trabalho passa a ser uma mera atividade mecânica que não possui nenhum sentido para os trabalhadores, os quais vendem seu labor apenas para garantir sua própria sobrevivência.
Sob esta lógica nefasta do estranhamento e alienação do trabalho, os homens perdem sua consciência de “ser” neste mundo, a qual é substituída pela lógica do “ter” nesta sociedade dos desiguais. O trabalho continua sendo uma atividade sublime, central no processo da criatividade humana, entretanto, esta criatividade desaparece em função do estranhamento e alienação, aspectos fundamentais para o controle do capital sobre o trabalho. Assim, a reconquista da consciência humana que se faz necessária para (re) significar nossa essência, nossa razão de ser neste mundo, passa, necessariamente, pela luta contra a alienação e estranhamento impostos ao trabalho pelas estratégias do capital. O que significa, num plano maior, a luta pela superação de todas as formas de dominação impostas ao trabalho pelas artimanhas do capital. E, somente a partir desta superação seremos capazes de dar passos significativos para a reconquista de nossa própria consciência, ou seja, esta superação significa recuperarmos nossa capacidade de enxergarmos a nós mesmos no produto de nosso labor. E, quando levarmos a cabo esta superação, teremos edificado as condições para o trabalho como prática da liberdade e da construção de nossa consciência enquanto seres humanos criativos e livres.     

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

AS VOZES DO SILÊNCIO

Fonte: Arquivo Pessoal (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Parece até que já vi este filme. Os tempos presentes que se descortinam parecem ocultar o discurso camuflado da opressão. É um silêncio que, ao mesmo tempo em que não aparecem as vozes nem se distinguem os sons, ouvem-se ruídos dos grilhões que não estão explícitos, mas ocultos nas entrelinhas tenebrosas do silêncio imposto a todas as formas de expressão e manifestação da liberdade.
O silêncio oculto nas ações dissimuladas da opressão quer podar as poucas e parcas formas de liberdade, querem castrar o pensamento livre e a capacidade humana de decifrar e criticar o mundo. Em pleno regime ditado pelos princípios do iluminismo, querem apagar todas as luzes, querem tornar irracionais todas as expressões autênticas da razão. Por isso, não se pode mais lecionar filosofia, sociologia, pois, a um seleto grupo de juízes supremos que pairam sobre o conjunto dos povos, não interessa formar sujeitos críticos, não se pode formar pensadores, querem silenciar as vozes do próprio pensamento, da potencialidade de criação e inventividade humana. Diante disso, também querem desbotar as artes e todas suas formas de manifestação.
Por outro lado, querem inibir os acenos, as expressões do próprio corpo, pois, ele (o corpo) também pode expressar e manifestar pensamentos. Por isso, não se pode mais ensinar educação física, querem calar o nosso corpo, querem nos robotizar. É preciso múltiplas contemplações para compreender as vozes do silêncio, são necessárias múltiplas análises para entender a linguagem corporal. Neste labirinto do discurso silencioso dos opressores é possível ouvirmos os lamentos, as vozes da consciência e dos pensamentos reprimidos. Por isso, é fundamental realizarmos uma imersão em nossa própria consciência para forjarmos junto com os outros os instrumentos que poderão lapidar as chaves de nossa liberdade. É preciso que construamos as ferramentas que nos libertem deste vazio provocado pelas vozes do silêncio.