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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O NTV deseja a todos os leitores “boas festas”!!!

Fonte: pesquisatudo.org
Por NTV
Nosso blog, “NATUREZA, TERRA E VIDA” (NTV), finda mais um ano em pleno funcionamento, repleto de êxito e sucesso. Aqui nesta página, veicularam diversas notícias, posicionamentos políticos e filosóficos, análises de fatos e acontecimentos, além de opiniões diversificadas.
Cremos que nestes três anos de existência, este espaço cumpriu com louvor sua função: ser um local de amplo e democrático debate em todos os sentidos, trocas de ideias e opiniões sobre os mais diversificados temas, em especial aqueles que mais marcaram a humanidade nos tempos d’agora. E é com imensa satisfação que findamos mais uma marca do calendário oficial. Queremos aproveitar a oportunidade para agradecer a todos (as) que passaram por aqui, aqueles que deixaram suas opiniões e posicionamentos sobre os mais diversificados assuntos.
Por fim, desejamos a todos (as) boas festas e que todos alcancem êxito em seus planos, sejam eles individuais e/ou coletivos. O NTV continuará sempre primando pela liberdade de debates e trocas de ideias e opiniões no mais amplo sentido da palavra “democracia”. A todos (as) nosso muito obrigado e as portas desta página continuarão sempre abertas à participação saudável de todos (as) que se interessam pelas ciências, sejam elas humanas e/ou naturais.

Por que um dia é especial?

Fonte: danielmarinonline.blogspot.com
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
É chegado mais uma virada de ano! E nesta data, o sentimento comum a quase todos é de que se trata de uma data muito especial. Mas, afinal o que diferencia o dia 31 de dezembro de outro dia qualquer? Na verdade, nada existe de especial nesta data específica. Trata-se apenas de mais uma data comemorativa de um marco estabelecido pelo calendário oficial da sociedade ocidental. Trata-se de um dia milimetricamente planejado para reaquecer o mercado consumidor e, assim, produzir mais lucro para uma pequena e seleta parcela da humanidade. E, neste sentido, a mais-valia vai mantendo a plena expansão do capital.  
E, por que todos se consideram felizes e solidários nestas datas?
O dia 31 de dezembro separa períodos de tempo de 365 dias (um ano), de acordo com a convenção internacional do calendário oficial da sociedade ocidental. Acontece que com a finalização de 365 dias corridos as pessoas têm a impressão de, uma vez findado um período, iniciar-se outro totalmente diferente e com novas possibilidades e perspectivas. Em verdade, nada se finda com um período de 365 dias. Não é uma data específica que irá inaugurar um novo período para a humanidade. Mas, o que pode determinar o fim de determinado período e o início de outro é o processo de ruptura com determinado sistema (seja ele qual for) que já não seja capaz de oferecer respostas e novas expectativas para nossas aspirações. Imaginem se a cada virada de ano pudéssemos apagar tudo de errado, tudo que não deu certo e a humanidade inteira atingisse um estágio avançado de felicidade plena! Isto seria provavelmente o “caminho para o paraíso”!
A cada virada de ano, as pessoas se confraternizam (na maioria das vezes de forma hipócrita) e dizem esquecer todos os rancores e mágoas, se tornam eternamente afáveis e amigas. Tudo como se fosse um passe de mágica. O ser humano precisa, diante da cruel realidade, brincar de “faz de conta”, como se tudo mudasse movido apenas pelo nosso desejo de mudanças. Infelizmente isto não é verdade! A virada do ano talvez sirva apenas para que façamos um breve balanço de nossas vidas, para que exploremos e analisemos nossos equívocos almejando atingir mais acertos. Para que vislumbremos novos horizontes, faz-se necessário realizar escolhas, promover rupturas. E isto não se trata de decisões superficiais e banais, mas de processos complexos, profundos e, na grande maioria das vezes, dolorosos, que provocam, muitas vezes, traumas e deixam cicatrizes. Mas, se quisermos experimentar o “novo”, definitivamente, precisamos romper com o “velho”, é a única fórmula cujo processo empírico já comprovou o êxito da construção de novos projetos, de alternativas e perspectivas.
Mas, mesmo assim, aproveito este espaço para desejar a todos que me leem que procurem dentro de si alguma forma de ser feliz. Desejo a todos que encontrem dentro de si mesmos a coragem e ousadia para promover as necessárias e profundas rupturas com “velho”, arcaico e ultrapassado. Somente desta forma poderemos saborear o ineditismo do “novo”. Somente, nesta perspectiva poderemos abrir novas trincheiras e caminhos para desfrutarmos das coisas simples e boas do mundo.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Erupção de vulcão em El Salvador deixa país em alerta laranja

Fonte: msn.com (2013)
Por NTV
San Salvador, 29 dez (EFE).- As autoridades de El Salvador declararam neste domingo dois níveis de alerta, um regional e outro nacional, e retiraram os moradores de um raio de três quilômetros do vulcão, por causa da primeira erupção em 37 anos do vulcão Chaparrastique, que lançou cinzas no leste do país.
O diretor de Defesa Civil, Jorge Meléndez, informou que foi declarado alerta laranja, de alto risco, no estado de San Miguel, onde fica o vulcão, e em outras regiões limítrofes, e alerta amarelo, preventivo, em todo o país. Com base no alerta laranja, Defesa Civil ordenou a evacuação dos habitantes em um perímetro de três quilômetros do vulcão, explicou Meléndez. O alerta amarelo significa que o Sistema Nacional de Defesa Civil, integrado por diferentes instituições estatais, e as comissões estaduais e municipais de emergência, devem ser ativadas diante de qualquer eventualidade.
A erupção aconteceu com um estrondo às 10h32 (local, 14h32 em Brasília), com emanações de cinza e gases que formaram uma grande nuvem que cobriu amplas áreas do país, alcançando entre cinco e 10 quilômetros de altura, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (ARN). Meléndez apontou que a cinza se expandiu por várias zonas do leste de El Salvador e que os especialistas preveem que 'possa alcançar até Tegucigalpa, em Honduras', ao norte do território salvadorenho. Acrescentou que, embora 'não haja lançamento de magma, há presença de certa quantidade de lava' em um setor da cratera do vulcão.
A imprensa local afirmou que cerca de duas mil pessoas já foram evacuadas dos arredores do vulcão e que muitos moradores abandonaram seus lares voluntariamente. O prefeito de San Miguel, Wilfredo Salgado, declarou ao Canal 19 de televisão de San Salvador que 'muitíssima' gente vive nas cercanias do Chaparrastique, e que 'não são menos de oito mil a dez mil famílias só na parte da montante' do vulcão. Meléndez ressaltou que 'dezenas de milhares de pessoas' vivem na zona de três quilômetros ao redor do vulcão, dada a alta densidade populacional do país, e considerou que 'possivelmente não' sejam evacuadas todas.
As autoridades confirmaram que por enquanto não foram registradas vítimas mortais nem graves danos materiais por causa da erupção. Moradores disseram à imprensa local que as cinzas expelidas pelo vulcão se acumulam nas ruas, casas, edifícios ou árvores, e obscureceram parcialmente a cidade de San Miguel e arredores, além do forte cheiro de enxofre. O Chaparrastique tem 2.130 metros de altura em relação ao nível do mar e sua última erupção aconteceu em 1976, segundo dados do MARN, que mantém uma vigilância permanente dos oito vulcões do país.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pesquisadores mapeiam DNA de Neandertal

Fonte: msn/estadão (2013)


Por NTV
O DNA de um osso de dedão de pé de uma Neandertal, revelou que a reprodução consanguínea era comum na espécie (que conviveu com antepassados dos humanos modernos entre 300 mil e 30 mil anos atrás) e pode ter contribuído para sua derrocada.
Cientistas sequenciaram o código genético de um osso de 50 mil anos encontrado na caverna Denisova, na Sibéria (Rússia), onde restos fossilizados dos ancestrais humanos foram encontrados em 2010, segundo a revista Nature. A análise sugere que seus pais eram geneticamente próximos o suficiente para ser meio-irmãos, primos-irmãos ou tio e sobrinha.
O estudo aponta que a população de neandertais era pequena, fazendo a reprodução consanguínea ser mais comuns entre eles do que ancestrais dos humanos modernos, segundo David Reich, um dos autores do estudo e professor de genética da Harvard Medical School.
Disponível em: http://estadao.br.msn.com/ciencia/pesquisadores-mapeiam-dna-de-neandertal Acesso em: 28 de dezembro de 2013.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Ciência brasileira precisa ser mais ousada, diz editora-chefe da Science

Fonte: mashable.com


Por NTV
A ciência brasileira precisa ser mais corajosa e mais ousada se quiser crescer em relevância no cenário internacional, segundo a editora-chefe da revista Science, Marcia McNutt. Para criar essa coragem, diz ela, é preciso aprender a correr riscos, e aceitar a possibilidade de fracasso como um elemento intrínseco do processo científico.
"Quando as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é um resultado aceitável, elas deixam de arriscar." E quem não arrisca, diz ela, não produz grandes descobertas - produz apenas ciência incremental, de baixo impacto, que é o perfil geral da ciência brasileira atualmente. O que ajuda a explicar porque os pesquisadores brasileiros têm dificuldade ainda para emplacar trabalhos em revistas de alto impacto, como a Science, apesar do grande avanço no número de trabalhos científicos publicados pelo País em revistas indexadas nas últimas décadas.
Marcia conversou com o Estado entre uma sessão e outra do Fórum Mundial de Ciência, que terminou quarta-feira (dia 27) no Rio de Janeiro, na primeira vez que o evento bianual foi realizado fora da Hungria, seu país de origem. Geofísica de formação, ela assumiu a editoria da Science (uma das revistas científicas de maior impacto no mundo) em junho deste ano. Antes disso, Marcia foi diretora do Serviço Geológico dos Estados Unidos (cabendo a ela, por exemplo, responder a desastres como o vazamento de óleo da plataforma Deep Horizon, no Golfo do México, em 2010) e do Instituto de Pesquisas do Aquário de Monterey Bay, na Califórnia, uma das principais instituições de pesquisa oceanográfica e exploração de águas profundas no mundo.
Abaixo, os principais trechos da entrevista:
O que os cientistas brasileiros precisam fazer para conseguir publicar mais trabalhos em revistas de grande impacto, como a Science?
A mesma coisa que todo mundo faz. A Science só publica uma fração muita pequena, em torno de 5%, dos trabalhos que são submetidos à revista; então, é um desafio para qualquer cientista. O que eu costumo dizer aos autores é que nem todo trabalho científico é adequado para publicação na Science. Antes de qualquer coisa, o trabalho tem de ser original e revolucionário ("groundbreaking") dentro de sua própria área, mas também tem de ser interessante para outras áreas do conhecimento, para que se justifique publicá-lo na Science em vez de uma revista temática especializada. Tem de haver ramificações para outras áreas do conhecimento.
Uma autocrítica que é feita com frequência pela comunidade científica brasileira é que a nossa cultura científica e nosso sistema acadêmico estimulam as pessoas a publicar trabalhos mais simples e "seguros", no sentido de garantir resultados para uma publicação ao final de cada projeto ou cada bolsa. Os cientistas têm medo de se arriscar em projetos mais complexos porque, no final das contas, são julgados mais pelo número de trabalhos que publicam do que pela qualidade ou relevância de suas publicações. E é por isso que o Brasil até hoje não ganhou um prêmio Nobel e tem dificuldade para publicar trabalhos em revistas de alto impacto, etc ...
Eu diria que esse argumento está totalmente correto. Esse tipo de estratégia não produz grandes resultados científicos; é uma estratégia segura, incremental, que vai avançar a ciência do país pouco a pouco, mas não vai influenciar radicalmente o panorama da ciência num contexto global, porque é muito conservadora, não é ousada.
É possível ser ousado com pouco dinheiro?
Não dá para colocar um preço em ousadia. É mais um estado de espírito, uma forma de questionar, elaborar perguntas e conduzir seus experimentos. Você pode gastar muito dinheiro num trabalho puramente incremental, ou pode gastar pouco dinheiro para fazer um experimento revolucionário. A ousadia pode vir também na maneira como você trabalha de forma integrada em diferentes áreas. Por exemplo, um aluno de bioquímica pode escolher fazer alguns cursos em engenharia e física, e graças a essa proficiência adquirida em diferentes disciplinas ele será capaz de juntar ideias, enxergar conexões e elaborar perguntas que outros alunos não conseguem fazer.
Como é que se cultiva essa ousadia?
Ser ousado implica em assumir riscos, e assumir riscos implica em aceitar a possibilidade de fracasso. Quando as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é um resultado aceitável, elas deixam de arriscar. É importante que a sociedade reconheça o valor de pessoas que falharam uma vez, falharam de novo, e talvez de novo, até chegarem ao sucesso. Porque há milhões de maneiras de se fracassar; sempre vai haver um meio de a tecnologia falhar ou de o ser humano falhar.
Então as instituições e as agências de fomento têm de aceitar o fracasso como um componente intrínseco do processo de pesquisa?
É assim que a ciência avança! Você apresenta suas ideias e os outros tentam derrubá-las. É só porque somos capazes de descartar hipóteses que sabemos que algo está errado e que outra coisa deve estar certa. É muito fácil provar que uma hipótese científica está errada, mas é muito difícil - quase impossível - provar que uma hipótese está correta. Tudo que podemos fazer é dizer que uma hipótese está em concordância com os dados disponíveis - as que não estiverem, a gente joga fora, e vamos procurar alguma outra que esteja. Dizer que algo foi efetivamente "provado correto" é muito, muito difícil. O fracasso, portanto, é um componente importante do avanço da ciência, porque mostrar que algo está errado faz parte do processo científico de determinar o que está certo.
E como trabalhar isso dentro da academia? Um dos problemas aqui é que os jovens pesquisadores, alunos de pós-graduação, têm obrigação de publicar alguma coisa ao final de seu mestrado ou doutorado ... pode não ser um resultado muito relevante, mas tem de ser um resultado publicável; qualquer coisa. Caso contrário, fim de carreira. Por isso ninguém se arrisca a fazer projetos mais ambiciosos, em que não há certeza de um resultado positivo.
É importante que os mentores (orientadores) ajudem os jovens pesquisadores a avaliar quando vale a pena arriscar, e que tipo de risco vale a pena correr. Você não quer que alguém invista cinco anos numa pesquisa de doutorado e não tenha uma publicação no final para defender sua tese. Isso não é bom. O que você quer é que eles comecem a assumir pequenos riscos ao longo da pós-graduação, de modo que eles aprendam com essa experiência e se sintam confiantes para assumir riscos maiores no futuro - sabendo que um experimento pode não dar certo no final, e que isso faz parte da ciência.