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sábado, 12 de abril de 2014

A DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS – POLINIZADORES, ELOS QUE SE PERDEM!

Fonte: hypescience.com
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
Já faz mais de um ano que volto meu olhar para o estudo da “Dinâmica dos Ecossistemas”, uma pesquisa que promete desvendar muitos segredos, equívocos e controvérsias sobre diversas teorias e conhecimentos ditos “universalmente consagrados”, tidos como certezas na investigação científica, inclusive com publicações em revistas científicas de grande relevância no cenário internacional.
É, exatamente, analisando as zonas de incertezas, as regiões de fraturas teóricas e práticas que o estudo acerca da “Dinâmica dos Ecossistemas” se cristaliza, ganha vulto e cria corpo. Hoje, vi uma reportagem na TV que me chamou a atenção: trata-se da ameaça de extinção de diversas espécies de abelhas, importantes vetores de polinização de ampla diversidade de espécies da flora. As abelhas ocupam lugar central no processo de garantir a evolução das espécies, possibilitar novos cruzamentos naturais entre espécies fundamentais da flora mundial e que pode garantir a continuidade da gama de biodiversidade em diferentes e diversificados biomas, não somente do Brasil, como também em diversas outras partes do mundo.
Além das abelhas, as formigas, beija-flores, pássaros e outros insetos são responsáveis por transmitir a herança genética de um indivíduo a outro, garantindo, assim, a evolução natural do conjunto das espécies de seres vivos. Porém, “A Dinâmica dos Ecossistemas”, para ser compreendida, é preciso se levar em conta as zonas de incertezas das ciências em relação à manutenção do equilíbrio dos ecossistemas naturais. E, o homem em sua ação depredadora sobre a natureza está criando zonas de fraquezas e zonas de incertezas artificiais, fornecendo novos elementos para a nossa pesquisa, ao mesmo tempo em que coloca em alto grau de risco o frágil equilíbrio ambiental do planeta.
A extinção dos insetos e outros animais polinizadores, além de promover o desequilíbrio quase que letal dos ecossistemas e dos agroecossistemas, também impulsiona a homogeneização das espécies da flora e da fauna, colocando em xeque elementos bióticos e abióticos responsáveis pela manutenção da biodiversidade. A extinção de organismos biodiversos, além de frear a evolução biológica e estimular a “erosão genética”, ainda permite o surgimento de superpopulação de espécies homogêneas de insetos e ervas, que fora de suas condições naturais tornam-se apenas pragas que acabam por colocar em risco a saúde não somente do ser humano, mas, sobretudo, do conjunto das espécies de seres vivos que habitam o ecossistema planetário.
Portanto, o estudo que envolve “A Dinâmica dos Ecossistemas” deve levar em consideração a ameaça de extinção dos vetores polinizadores como uma variável artificial que pode interferir de forma decisiva na cadeia trófica e na “Teia da Vida”. Assim, este novo elemento, a partir de agora deve ser levado em alta consideração em nossas investigações acerca da “Dinâmica dos Ecossistemas”.


* Escritor. Geógrafo, Mestre e Doutor pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor e pesquisador das temáticas “Alterações Climáticas” e “Impactos socioambientais sobre os ecossistemas terrestres e aquáticos”. pesquisa.fonseca@gmail.com

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