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Fonte: EFE (2013) |
Por NTV
As
condições que fazem com que o planeta Terra seja habitável durarão, pelo menos,
outro 1,75 bilhão de anos, segundo um estudo realizado por cientistas da
universidade inglesa de East Anglia. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira
pela revista 'Astrobiology', revela o tempo de habitabilidade da Terra com base
na distância para o sol e nas temperaturas que possibilitam que o planeta tenha
água líquida. A equipe de cientistas observou as estrelas na busca de
inspiração e usaram alguns planetas recentemente descobertos fora de nosso
sistema solar (exoplanetas) como exemplos para calibrar seu potencial para
abrigar vida.
O responsável pelo estudo, Andrew
Rushby, da Escola de Ciências Ambientais da Universidade de East Anglia,
explicou que foi utilizado 'o conceito de zona habitável para fazer
estimativas', ou seja, 'a distância de um planeta em relação a sua estrela que
faz com que as temperaturas sejam propícias para ter água líquida na
superfície'. 'Usamos os modelos de evolução estelar para calcular o final da
vida habitável de um planeta, determinando quando deixará de estar na zona
habitável', disse Rushby. A equipe de cientistas considerou 'que a Terra
deixará de ser habitável em algum momento dentro de 1,750 bilhão e 3,250
bilhões de anos'.
'Passado este ponto, a Terra
estará na zona quente do sol, com temperaturas tão altas que os mares se
evaporarão. Acontece um evento de extinção catastrófica e terminal para toda a
vida', raciocinou. O responsável pela pesquisa acrescentou que 'certamente, as
condições dos seres humanos e de outras formas de vida complexas se tornarão
impossíveis muito antes', algo que, segundo disse, 'está acelerando a mudança
climática' gerada pelo homem. 'Os humanos teriam dificuldades inclusive com um
pequeno aumento na temperatura e, perto do final, somente os micróbios em
alguns nichos ambientais seriam capazes de suportar o calor', explicou.
Rushby disse que ao olhar para o
passado 'uma quantidade similar de tempo, sabemos que houve vida celular na
terra' e deu como exemplo que 'tivemos insetos há 400 milhões de anos,
dinossauros há 300 milhões e plantas com flor há 130 milhões de anos'. 'Anatomicamente,
os seres humanos só existiram durante os últimos 200 mil anos, por isso que se
vê que é preciso muitíssimo tempo para que se desenvolva a vida inteligente',
disse.
A quantidade de tempo habitável
de um planeta é relevante pois revela dados sobre a possibilidade de evolução
da vida complexa, 'que é a que provavelmente mais requeira de um período de
condições de habitabilidade'. 'A medição de habitabilidade é útil porque nos
permite investigar a possibilidade de que outros planetas abriguem vida e para
entender que a etapa da vida pode estar em outro lugar da galáxia', segundo
explicou Rushby. Os astrônomos identificaram quase mil planetas fora do sistema
solar, alguns dos quais foram analisados por estes especialistas, que estudaram
a natureza evolutiva da habitabilidade planetária sobre o tempo astronômico e
geológico.
'Comparamos a Terra com oito
planetas que estão atualmente em sua fase habitável, incluindo Marte.
Descobrimos que os planetas que orbitam estrelas de massa menor tendem a ter
zonas de vida mais habitáveis', acrescentou.
Disponível em: http://noticias.br.msn.com/mundo/terra-ser%C3%A1-habit%C3%A1vel-por-pelo-menos-outro-175-bilh%C3%A3o-de-anos-diz-estudo
Acesso em: 19 de setembro de 2013.
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