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quarta-feira, 3 de junho de 2015

ALTERAÇÕES CLIMATICAS: CAUSAS, EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS




Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
As alterações climáticas é uma temática que tem sido alvo de intenso debates no último período. Trata-se de anomalias na temperatura do planeta, o que tem provocado grandes manifestações no comportamento dos fenômenos atmosféricos. O tema tem sido debatido especialmente no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e tem provocado inúmeras polêmicas, principalmente no que se refere às suas causas principais.
Dentro do IPCC existem duas correntes teóricas principais: a primeira dela defende a ideia de que o fenômeno se liga às mudanças naturais da Terra (dinâmica do planeta) e não possui nenhuma ligação com as ações humanas sobre o planeta. Já a segunda corrente defende a ideia de que as Alterações e mudanças climáticas se ligam diretamente às ações antropogênicas, ou seja, à interferência humana sobre os recursos da natureza. Porém, o bom senso nos chama à razão, trata-se da junção das duas proposições: as mudanças naturais do planeta aceleradas pela ação humana sobre seus recursos.
Efeitos e consequências:
Ø  O derretimento do Ártico: A cobertura de gelo da região no verão diminui ao ritmo constante de 8% ao ano há três décadas. No ano passado, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido;
Ø  Os furacões estão mais fortes: Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 – os mais intensos da escala – dobrou nos últimos 35 anos. O furacão Katrina, que destruiu Nova Orleans, é uma amostra dessa realidade;
Ø  O Brasil na rota dos ciclones: Até então a salvo desse tipo de tormenta, o litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004. De lá para cá, a chegada à costa de outras tempestades similares, ainda que de menor intensidade, mostra que o problema veio para ficar;
Ø  O nível do mar subiu: A elevação do nível dos oceanos, desde o início do século passado está entre 8 e 20 cm. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 m na maré alta. Um estudo da ONU estima que o nível das águas suba 1 metro até o fim do século. Cidades à beira-mar como Recife, precisarão de diques de contenção;
Ø  Os desertos avançam: O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de desertos. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 km2/ano, o equivalente ao território do Líbano;
Ø  Aumento da temperatura média global no século XX (em torno de 0,6º C);
Ø  A temperatura média no Hemisfério Norte aumentou no século XX, mais do que em qualquer século nos últimos 1.000 anos;
Ø  A década de 1990 foi a mais quente do milênio;
Ø  A amplitude da temperatura diária (t min. – t Máx.) diminuiu de 1950-2000;
Ø  Dias com geadas (diminuição em praticamente todas as áreas continentais durante o século XX;
Ø  Precipitação nos continentes (aumentou de 510% no Hemisfério Norte e diminuiu em várias regiões como no Oeste da África e partes do Mediterrâneo);
Ø  Aumento das precipitações fortes nas latitudes médias do Hemisfério Norte;
Ø  Secas severas aumentaram no verão (regiões da Ásia e África a frequência e intensidade aumentaram nas últimas décadas);
Ø  El Niño aumentou frequência e intensidade nas últimas décadas comparando-se com os últimos 100 anos;
Ø  Aumento do nível dos oceanos entre 1222 cm no século XX (Taxa por ano: 1961-2003, aproximadamente 1,8 mm/1993-2003 = 3,1 mm);
Ø  Duração de gelo sobre rios e lagos diminuiu em duas semanas nas latitudes médias do Hemisfério Norte;
Ø  Extensão da camada de gelo no Ártico (diminuição de 1015% na primavera/verão desde 1950).
Estes dados servem como elementos de reflexão para o debate sobre as alterações climáticas. Fonte: IPCC (2010)

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