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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A velocidade das informações “diminui” as distâncias e “distorce” a relação espaço/tempo

Foto: Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2016)    Fonte: Arquivo pessoal.



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Quase todo mundo conhece a fórmula da Física, S = vt. Pois bem, esta singela, porém fundamental equação nos dá a noção de distância (espaço) em função da velocidade e do tempo. Ela explica matematicamente a relação espaço/tempo em função do aumento ou da redução da velocidade.
Iniciei propositalmente esta reflexão com o auxílio da Física, no sentido de tentarmos compreender o fenômeno da velocidade e do volume cada vez maiores de informações que chegam a nosso cérebro por meio da potencialização das TICs, em especial da Rede Mundial de Computadores (Internet) e as consequências disso para a educação.
Muito bem, meus caros amigos! Nosso sistema cognitivo é bombardeado diuturnamente por um gigantesco volume de informações que dificultam seu deciframento e entendimento pelas nossas funções mentais superiores. Ou seja, o elevadíssimo volume e a rapidez das informações que chegam até nosso cérebro passa-nos a impressão de que o mundo está de ponta cabeça, que o aumento da velocidade dos transportes e das telecomunicações diminuem as distâncias entre os mais longínquos e diferentes povos.
Isto tem um reflexo direto na escola e no processo de ensino-aprendizagem, pois, um determinado conteúdo trabalhado em classe no dia de hoje, pode estar arcaico e ultrapassado no dia de amanhã. Diante disso, as transformações na relação espaço/tempo se processam de forma extraordinária e até mesmo assustadora. Diante disso, a escola precisa pensar mecanismos para tirar proveito dessas enormes transformações para o aprimoramento e desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. E isto exige dos profissionais da educação o ato de repensar suas práticas pedagógicas, suas avaliações, suas práticas, seus textos e a (re)organização do trabalho escolar. Caso contrário, a escola assumirá simplesmente o papel de reprodutora das informações disseminadas pelas mídias, as quais, em sua maioria, possuem maior potencial desinformativo do que formativo do educando enquanto ser pleno, íntegro, integral e, sobretudo dificultando a construção de sujeitos aptos a enfrentarem sua aventura maior: o mundo e a vida. Reflitam sobre isto!         

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