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Fonte: Word Press (2016) |
Prof. Dr.
Valter Machado da Fonseca
O dia oito de março foi oficializado
como o Dia Internacional da mulher em memória das 130 operárias vitimadas por
um incêndio criminoso ocorrido em uma unidade da indústria têxtil de Nova York
em 25 de março de 1911. Porém, embora este brutal assassinato contra as
operárias que lutavam pela redução da jornada de trabalho tenha ficado como a
marca oficial do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, as lutas dos
movimentos feministas antecedem ao acontecimento de 1911.
Deste a segunda metade do século XIX,
diversas organizações e movimentos feministas já se organizavam nas lutas
contra o preconceito e as precárias condições de trabalho. Assim, estes
importantíssimos movimentos libertários ganharam o mundo e adeptos em todas as
partes do planeta, vindo a se consolidar definitivamente no mês do assassinato
das operárias da indústria têxtil em março de 1911 em Nova York.
É interessante notar que o
capitalismo já conseguiu transformar o dia oito de março – dia de luto e luta
-; em mais um dia festivo e que traz gigantescos lucros para o comércio em
geral. É deveras impressionante a capacidade deste modelo econômico em gerar
lucro em função das maiores desgraças humanas.
É preciso resgatar o caráter de
luta do Dia Internacional da Mulher! Na verdade, o oito de março deveria ser um
dia mundial contra todas as formas de exploração e opressão: contra o
preconceito e a discriminação aos homossexuais, aos negros, aos indígenas,
enfim, a todos os marginalizados por este modelo totalmente excludente de
sociedade. “Haverá um tempo, onde a miséria e a opressão não serão mais que
simples cicatrizes na história” (Maiakovski)
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