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domingo, 11 de outubro de 2020

DE HOJE EM DIANTE...

 

Foto: Prof. Valter Machado da Fonseca (2020)

Prof. Dr. Valter da Machado Fonseca

A crise sanitária que veio à tona com a pandemia está me fazendo refletir intensamente acerca de muitas coisas que, anteriormente, pareciam supérfluas. Então, resolvi externar aos (às) amigos (as) estas breves reflexões.

De hoje em diante não mais me preocuparei com banalidades, superficialidades e futilidades. Não mais opinarei sobre os discursos vazios de “politicagens baratas” que veiculam na internet. Não me preocuparei com os discursos insanos dos psicopatas fascistas, com os reacionários, com os profetas e charlatães.

De hoje em diante não perderei mais o meu tempo em responder provocações insanas, descartáveis e fúteis. De hoje em diante não farei a mínima questão de ser entendido por quem se recusa a entender, por quem se recusa a ouvir. De hoje em diante não escreverei nada para atender as insanidades e exigências esdrúxulas da academia, aliás, ela (academia) está tão distante da população como o sol está distante da Terra.

Escreverei aquilo que me dá prazer e não o que me aliena, negarei a alienação de todas as formas possíveis e impossíveis, pois, como diz o “velho” Marx, “a superação da alienação se dá pela negação da própria alienação”. Pesquisarei porque gosto de pesquisar, porém, não pesquisarei sobre inovação e tecnologias como quer a arcaica academia. Muito menos pesquisarei sobre a tal Inteligência Artificial (AI), afinal para que serve esta baboseira se temos a inteligência mais rica em toda sua plenitude: a Inteligência Humana (IH).

Este monte de baboseiras que as agências de fomento à pesquisa nos querem fazer pesquisar, tem um único objetivo: produzir mais-valia para a reprodução expandida do capital visando o bem-estar das elites burguesas que sugam nosso sangue e o suor de nosso trabalho para viver com o luxo que produzimos para elas.

De hoje em diante, procurarei viver de forma plena, sem amarras nem compromissos com as fórmulas mágicas da burguesia decadente, pois, a burguesia fede como muito bem o disse Cazuza. De hoje em diante, procurarei insistente e incessantemente por tudo que é humano, que é sensível e que acalenta meu espírito. Não mais refletirei sobre discursos superficiais e vazios. Darei ênfase às ações práticas no mundo. Sempre que preciso agirei, porém agirei ombreado com todos aqueles que estão do lado certo da trincheira. 

De hoje em diante procurarei constantemente pela vida, ao invés da morte física e do espírito. Serenidade e sensibilidade serão as palavras-chave que nortearão minha existência. Um abraço para todas (os), sejam felizes e se cuidem!   

Créditos da fotografia: Carmen Lucia Ferreira Silva (2020)  

 

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