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Fonte: filbr2.blogspot.com |
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
A energia é a força propulsora de toda
forma de movimento, da dinâmica interna e externa dos ecossistemas vivos e a
grande responsável pela existência de todas as formas de vida, pelo
funcionamento do metabolismo de todos os organismos vivos, enfim, é a força
responsável pelo funcionamento de todo o universo em franca expansão. Assim, a
matéria se sustenta pela existência da energia que une todas suas partículas
constitutivas. Nesta direção interpretativa podemos afirmar, sem medo de errar,
que tudo que se conhece, tudo que existe na Terra e fora dela é energia pura. Assim,
podemos inferir que nada existiria se não houvesse energia.
Quando ingerimos alimento; tomamos o café
da manhã, almoçamos, jantamos; na verdade, o fazemos para manter o equilíbrio
energético de nosso organismo. Ou seja, os alimentos nada mais são do que
fontes de energia, que nos permitem permanecer de pé e realizar nossas
atividades diárias. Mas, não são somente os seres humanos que necessitam de
energia para sobreviver, também os vegetais e o restante dos animais, inclusive
os microorganismos, dependem de energia para sua existência.
Neste sentido, a saúde dos seres vivos
nada mais é do que o estado de equilíbrio energético perfeito de seus organismos.
Quando este estado de equilíbrio energético é rompido ou alterado, podemos
afirmar que ele entra em fase de desequilíbrio energético, isto é, entra estado
de autodegeneração ou estado de doença. Desta forma, cada organismo, de cada
ser vivo, possui um “ponto ótimo” de equilíbrio energético, que vai ser
responsável pelo seu estado de bem estar, ou de excelência em qualidade de
vida. Da mesma forma que a carência de energia gera um desequilíbrio energético
nos organismos vivos, provocando uma degeneração de suas condições de
qualitativas de existência, também o excesso de energia é prejudicial ao
metabolismo que mantém a qualidade de vida desses organismos. Neste caso, este
excesso de energia deve ser eliminado para garantir o bom funcionamento de seu metabolismo.
Quando o equilibro energético de
quaisquer organismos vivos é quebrado, estes organismos perdem qualidade de
vida, seja por intermédio do déficit ou superávit de energia interna. Em qualquer
um dos casos, perdem-se em qualidade de vida e estes organismos entram em
estado de autodegeneração, podendo, assim, atingir o estado letal que pode
levar ao fim, à morte desses organismos, devido ao mau funcionamento de seu
metabolismo.
Quando determinado organismo vivo sofre
ruptura brusca, ou mesmo gradual, em seu sistema energético, ele passa então a
não conseguir a desempenhar suas funções básicas de sobrevivência, caminhando
em direção à sua extinção definitiva. Quando um organismo vivo perece, morre,
sua estrutura material, sólida, é integrada a novas porções de matéria
sustentadas por diversas formas de energia, enquanto que sua energia interna é
liberada, indo se juntar a outras formas de energia que irão dar continuidade
ao “Ciclo da Vida”. Ironicamente, na “Cadeia da Vida”, diversos seres vivos
dependem da extinção, da morte de outros seres vivos para continuarem
existindo. Assim, o “Ciclo da Vida” é mantido, fundamentalmente, pela oferta e
consumo de energia. Pois bem! A energia é a grande responsável pela manutenção
da vida em todas as suas formas, desde as mais simples até as mais complexas e,
infelizmente (ou felizmente) ela é um recurso que o homem, em suposta
sabedoria, jamais será capaz de inventar e, principalmente, criar.
* Escritor. Geógrafo, Mestre e Doutor pela
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pós-Doutorando pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG).
Pesquisador e professor da Universidade de Uberaba (UNIUBE). machado04fonseca@gmail.com
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