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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Professor disserta sobre “A dinâmica dos ecossistemas”

 
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

Por NTV

O Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca, docente da Universidade de Uberaba, iniciou pesquisa inédita denominada “A dinâmica dos ecossistemas”. Ele fala um pouco sobre o contexto da pesquisa. Segundo o professor, as reuniões internacionais do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) têm sido marcadas pelo debate acerca da interferência ou não das ações antrópicas sobre as mudanças climáticas em curso no atual período da humanidade. Ele enfatiza que não se trata de demarcar uma posição política sobre tal questão, mas, sobretudo, de analisar o fenômeno das transformações e alterações climáticas à luz das diversas variáveis que, por ventura, tenham interferência nos eventos climáticos mundiais, que tanto têm angustiado a humanidade e a ciência nos tempos d’agora.

Fonseca observa que esta discussão serve como um grande divisor de águas em torno das grandes questões climáticas, que mobiliza a ciência e a humanidade nos tempos presentes. Mas, segundo o professor Valter, a resposta que precisa ser dada é uma imensa responsabilidade e um grande desafio para a ciência moderna e ela (ciência) não pode se eximir de tal responsabilidade. É preciso analisar os limites dos ecossistemas, seu déficit energético em função da grande quantidade de atividades humanas, as quais são amparadas por fortes tecnologias que não levam em conta estes limites. Na verdade, afirma ele, quando falamos de energia dos ecossistemas, é necessário que levemos em consideração que existe um limite energético para a realização de atividades antropogênicas em seu interior. É preciso que percebamos que os diversos ecossistemas que compõe o “todo” planetário possuem conexões e interligações que os mantêm unificados para a formação desta totalidade denominada “Planeta Terra”.

Para que se percebam estas ligações fundamentais em níveis de energia (que vai desde as partículas elementares, até as estruturas macroscópicas) nos diversos níveis de funcionamento dos ecossistemas é fundamental que o pesquisador se valha de uma visão periférica e ao mesmo tempo particularizadora tanto das partes, das conexões entre elas, bem como da totalidade por elas formada (a Terra e o universo em seu redor). É preciso compreender que os níveis de energia se estabelecem desde os níveis moleculares, atômicos (e até mesmo nas partículas subatômicas) até os níveis macroscópicos da constituição dos corpos celestes no universo. 

Compreender esta dinâmica demanda o deciframento dos elementos que se interrelacionam e se entrelaçam para formar as conexões entre os diversos ecossistemas que compõem a unidade planetária. Perceber esta dinâmica reclama um olhar astuto sobre os diversos níveis energéticos existentes no interior dos ecossistemas, bem como seu comportamento quando pressionados por quaisquer forças em suas estruturas internas. Então, compreender “A dinâmica dos ecossistemas” que compõem esta totalidade planetária requer o estudo do comportamento energético das partículas elementares que compõem as estruturas e macroestruturas, bem como do fluxo energético que as unificam. Demanda ainda a compreensão da quantidade de energia perdida sob a ação das forças que provocam o desequilíbrio energético desses ecossistemas.  

Para dar suporte a esta investigação, os estudos de Albert Einstein e os Princípios da termodinâmica são ferramentas essenciais. Em verdade, a pesquisa “A Dinâmica dos Ecossistemas” pretende decifrar os elos energéticos que os unificam. Apesar de a ideia matriz ser aparentemente simples, os desdobramentos de tal investigação são extremamente complexos, explica o Prof. Valter Fonseca. Para tanto, além das metodologias próprias das ciências naturais, o Prof. Fonseca pretende utilizar o método da “teoria da Complexidade” de Edgar Morin (própria das ciências sociais), como matriz metodológica dorsal para nortear a pesquisa. Fonseca explica que é preciso decifrar as zonas de incertezas do conhecimento científico, observando-se sempre a relação todo/partes, além dos elos que unificam e entrelaçam as diversas partes componentes do todo (o planeta, o universo). Ele acredita que somente desta forma será possível realizar a leitura correta dos elementos (que vão do micro ao macro cosmos), portanto, afirma o professor, a comprovação desta tese passa, fundamentalmente, pela desconstrução/reconstrução dos aspectos, elementos e fatores que compõem o objeto central da investigação.    

Felizmente, a mesma ciência que cravou sua marca no atual período histórico por produzir diversas aberrações, também produziu conhecimentos importantes que se bem usados, poderão fornecer importantes informações para a leitura correta dos ecossistemas terrestres, suas conexões e seu comportamento diante do desequilíbrio energético provocado por tecnologias descompensatórias e irresponsáveis. Assim, compreender “A dinâmica dos ecossistemas” pode apontar as respostas que as discussões acerca das alterações climáticas tanto reclamam. Os resultados futuramente advindos da pesquisa em curso podem trazer respostas, benefícios e conclusões surpreendentes para a ciência e o conjunto da humanidade, conclui o professor Fonseca.

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