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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Pior seca em 50 anos muda vida da população às margens do Cantareira

Fonte:  Hélvio Romero/Estadão (2014)

Fonte:  Hélvio Romero/Estadão (2014)

Fonte:  Hélvio Romero/Estadão (2014)
Por NTV
Agricultores perderam suas safras e ficam à espera de um caminhão-pipa da prefeitura, famílias convivem com cheiro de esgoto, poços e minas estão secos e hoje há mato e pedras onde antes havia represas e cachoeiras. Agricultores de Itapeva, no sul de Minas, que perderam a safra de milho dependem hoje de duas visitas semanais de caminhões-pipa para conseguir tomar banho e cozinhar. As minas e poços secaram à medida que o nível do Jaguari também baixava. 'Aqui nós não temos água mais. Tínhamos um poço para quatro famílias, de 25 metros de profundidade, que secou. O milho não teve adubo que resolveu, ficou pequeno demais. Perdemos tudo', conta a agricultora Irene Gercina, de 69 anos.
O Rio Jaguarí chega em Joanópolis/SP e forma um grande reservatório. A agonia de quem vive do Jaguarí pode ser observada desde as nascentes do manancial, no sul de Minas, até seu encontro com o Rio Camanducaia, em Jaguariúna, na região de Campinas. A vazão, que chegou a 50 metros cúbicos por segundo nas cheias de 2010, hoje está em 11 m³/s.
Em um grande condomínio de luxo à beira do rio Jaguari, um píer na encosta do morro mostra onde antes era o nível da água. No condomínio em Joanópolis foi necessário o alongamento da rampa para permitir o acesso a embarcações na água. Quatro anos após as enchentes que obrigaram mais de 6 mil pessoas a deixar suas casas na região do Circuito das Águas, no interior paulista, a pior estiagem em 50 anos mudou a vida da população às margens dos principais mananciais do Estado. Moradores do bairro “Estivinha” são abastecidos por caminhão pipa da prefeitura porque os poços artesianos estão com o nível muito baixo. 'Nem os lambarizinhos conseguem mais nadar, está muito raso mesmo. Estou com medo é de quando chegar o inverno. Aí, sim, o Jaguari vai sumir de vez', lamenta o agricultor Salmo Ceni, de 49 anos, todos vividos às margens do Jaguari.
Disponível em: http://estadao.br.msn.com/fotos/sistema-cantareira#image=7 Acesso em: 23 de fevereiro de 2014.

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