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sábado, 28 de novembro de 2015

A TRAGÉDIA DE MARIANA (MG) E A “A DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS”

Fonte: Arquivos pesquisas Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
A tragédia socioambiental ocorrida recentemente na cidade mineira de Mariana, faz emergir importantes elementos e aspectos que fortalecem a tese central de nossa pesquisa “A Dinâmica dos Ecossistemas”. Nela defendemos o ideia de que em quaisquer ecossistemas todos os elementos estão interligados, interconectados. Afirmamos ainda que a grande indagação, nossa maior inquietação, reside na descoberta dos elementos físicos, químicos e biológicos que constituem os elos de ligação dos ecossistemas e que os mantém em equilíbrio. Quando se introduz uma variável diferente (no caso de Mariana, a ação desordenada do homem sobre o ambiente) que exerce uma força que ultrapassa os limites energéticos desse ecossistema, este equilíbrio se rompe, às vezes de forma quase irreparável.
É isso que ocorreu nos arredores da cidade mineira de Mariana, considerando a cidade e seu entorno como um ecossistema onde interagem forças decorrentes das atividades altamente depredadoras dos limites desse ecossistema: as atividades antropogênicas ligadas à mineração. Pois bem! Essas atividades, por si só, já inserem grandes excedentes de elementos físicos (grandes volumes de rejeitos da mineração), os quais possuem em sua composição uma enorme quantidade de elementos químicos (naturais e sintéticos) estranhos a estes ecossistemas. O conjunto desses elementos interferem no fluxo energético desse ecossistema, rompendo seu equilíbrio e causando danos socioambientais quase que irreversíveis.
A recuperação desse ecossistema (Mariana e seu entorno) dependerá de intervenções técnicas milimetricamente planejadas, as quais somente surtirão efeito se levarmos em conta as variáveis naturais como a capacidade de auto recomposição dos corpos d’água envolvidos em um dado intervalo de tempo (que nunca será um intervalo inferior a 20 anos, na mais otimista das hipóteses). Então, a relação que devemos trabalhar para a minimização dos impactos provocados pela tragédia de Mariana pode ser sintetizada na seguinte formulação: capacidade natural de auto regeneração dos corpos d’água/intervalo de tempo (20 a 30 anos)          


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