Fonte: Arquivo Pessoal (2016) |
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Hoje me peguei a pensar sobre os tempos
nebulosos, opacos e de incertezas pelos quais estamos passando. São tempos
árduos, difíceis, que não nos permitem vacilar, temos, principalmente nestes
tempos, que manter intacta nossa têmpera de discernimento sobre o que é real e
o irreal, entre o concreto e o virtual, o sólido e o ilusório.
Aí me lembrei de uma frase meu “velho” (jovem)
pai. Digo jovem, pois, ele se foi aos 47 anos de idade, vitimado pelo tripanosoma cruzi, o machado guerreiro,
a famosa Doença de Chagas. Aliás, quase toda sua geração pereceu diante desta
enfermidade. Mas, voltando ao meu pai, ele sempre dizia que “o homem precisa, a
ferro e fogo, manter a coerência o tempo, todo, a vida toda” e completava, “e não
pense você que é fácil, mantê-la (a coerência) o tempo todo, é a coisa mais
difícil da vida”. Diante da atual conjuntura, das opacidades, da coisificação e
formatação o homem e do horizonte
nublado que cobre a atual conjuntura política e econômica, a filosofia do meu
“velho” pai ganha ainda mais sentido. Nestes tempos sempre temos que manter o
frágil equilíbrio para andarmos sobre a linha tênue que separa a coerência da
incoerência. E isto, hoje em dia torna-se, cada dia mais, um gigantesco
desafio. Reflitam sobre isto, meus caros (as) amigos (as)!
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