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terça-feira, 23 de julho de 2013

Formações rochosas no oceano embelezam o mar ao redor do mundo

Formações rochosas no oceano                                                                                        Fonte: globo.com (2013)

Formações rochosas no oceano                                                                                     Fonte: globo.com (2013)

Formações rochosas no oceano                                                                                     Fonte: globo.com (2013)

Formações rochosas no oceano                                                                                     Fonte: globo.com (2013)

Formações rochosas no oceano                                                                                     Fonte: globo.com (2013)

Formações rochosas no oceano                                                                     Fonte: globo.com (2013)


Por NTV
Você sabe o que são falésias? São paredes grandes e íngremes esculpidas pela ação do mar durante milhões de anos. Elas apareceram entre as eras glaciais por conta da erosão marítima e do nível do oceano, que subia até 12 metros.
No Brasil, essas falésias chegam a 20 metros de altura e o seu formato varia de acordo com o tipo de rocha de que é formada. Temos as do tipo avermelhadas, feitas a partir de terrenos de arenito – encontradas do Amapá ao Rio de Janeiro -, e, no sul do país, predominam as de granito. Mas, independente do tipo de material, seus contornos e tamanhos é que impressionam. Graças à ação do oceano, algumas lembram pirâmides invertidas e nos faz pensar como estão de pé. Selecionamos algumas ao redor do mundo.

domingo, 21 de julho de 2013

O Zoneamento Ambiental (ZA) como ferramenta para projetos socioambientais

Foto: Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2013)                                 Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter Fonseca


Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
Existem diversas pesquisas em andamento, desenvolvidas por órgãos governamentais, comunidade científica nacional e internacional, ONGs, sobre os desafios e possibilidades da exploração sustentável do ecossistema da floresta amazônica. Devido á enorme complexidade do bioma, qualquer projeto que vise à sua exploração demanda o Estudo de Impactos Socioambientais (EISA), do qual vai derivar o Relatório de Impactos Socioambientais (RISA). Uma das propostas mais promissoras para a exploração do bioma é a utilização do denominado Zoneamento Ambiental ou Zoneamento Ecológico-Econômico.
Trata-se de uma ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente (inciso II, artigo 9º, Lei n.º 6.938/81) e que tem como principal função o planejamento do uso do solo baseado nas características de cada localidade e de forma a mapear o potencial de cada região, definindo os usos possíveis sem comprometer seus recursos naturais.
O Zoneamento Ambiental (ZA) é um meio de restringir o uso do solo, uma vez que define quais atividades podem ou não ser executadas em cada região delimitada. Essa restrição visa garantir o uso adequado e sustentável em longo prazo, obedecendo a uma análise minuciosa e integrada de todas as variáveis envolvidas na questão da influência antrópica na região versus a capacidade suporte.
Podemos perceber que vários aspectos devem ser considerados para a realização do zoneamento Ambiental. Podemos citar aspectos geológicos, paleontológicos, arqueológicos, hidrogeológicos, hidrológicos, espeleológicos[1], florísticos e faunísticos, geomorfológicos, socioeconômicos, dentre outros.
A técnica do Zoneamento Ambiental, apesar de ser relativamente nova, tem se mostrado eficaz como instrumento de planejamento socioambiental, visando à edificação de práticas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. Ela alia fatores importantes que devem ser observados quando de pretende executar diversos projetos de exploração dos ecossistemas. Esta ferramenta esta sendo experimentada no planejamento da exploração do ecossistema da Floresta Tropical Amazônica.
Observe que os modelos propostos de Zoneamento Ambiental podem se constituir em importantes ferramentas de auxílio na construção de projetos de licenciamento ambiental, uma vez que o ZA realiza um levantamento meticuloso dos diversos elementos e aspectos tanto físicos quanto humanos que compõem um determinado ecossistema. Assim, por intermédio do ZA é possível realizar um diagnóstico socioambiental de determinada área ou região, levando-se em conta os inúmeros condicionantes envolvidos também nos projetos de licenciamento socioambiental.
A dimensão humana nos projetos de licenciamento socioambiental!
É muito comum, em projetos de licenciamento ambiental a preocupação excessiva com aspectos meramente físicos e/ou técnicos e o desprezo pelos aspectos e fatores humanos. Neste sentido, a legislação ambiental atual já exige, de forma enfática, a abordagem dos aspetos humanos em tais projetos.
É preciso ter a percepção que a sociedade é parte integrante do ambiente. Assim, os aspectos culturais, modos de vida, costumes, atividades econômicas, enfim os aspectos sociais são dimensões importantes do ambiente. Dessa forma, eles devem ser debatidos, planejados e enfatizados nos projetos de licenciamento. Afinal. Quaisquer atividades humanas são impactantes e atingem as populações humanas e seus modos de vida.
Por exemplo, em projetos que envolvam Recursos Hídricos as comunidades que habitam o entorno dos corpos d’água devem ser observadas, criteriosamente, de maneira que os possíveis impactos ambientais e sociais decorrentes da atividade proposta sejam minimizados, isto é, afetem o mínimo possível estas populações. Por isso, os estudos relativos à Antropologia, à Sociologia devem ser associados aos fatores políticos, econômicos, sociais, paisagísticos, culturais devem se somar ao escopo dos aspectos que formam a proposta de licenciamento socioambiental.


* Geógrafo, Mestre e Doutor em Educação/Meio Ambiente pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor e pesquisador da Universidade de Uberaba (UNIUBE). pesquisa.fonseca@gmail.com
[1] Relativos à Espeleologia. Espeleologia é o ramo das ciências responsável pelo estudo das grutas e cavernas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

USO, CONSERVAÇÃO E MANEJO DOS SOLOS

Foto: Início de um processo de erosão linear do solo                  Fonte: Arquivo pessoal Prof. Valter Fonseca
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
Antigamente, seja no processo de ocupação do solo urbano, como na zona rural, não existia grande preocupação quanto às técnicas utilizadas ao uso e manejo deste recurso natural altamente preponderante, não somente para as atividades humanas, mas, sobretudo, pela própria manutenção da vida do conjunto de todas as espécies de seres vivos (flora e fauna) existentes na face do planeta.
Esta despreocupação se constatava exatamente pela ausência de tecnologia de ponta aplicada ao manejo dos recursos naturais, como também devido ao fato de as atividades agropecuárias visarem simplesmente à subsistência, aliada à pequena quantidade de pessoas residentes na cidade, o que não demandava grande volume de tecnologias voltadas para o uso e o manejo do solo urbano.
Em função destes aspectos elencados, os processos erosivos relativos ao uso e manejo do solo eram pequenos e a erosão era quase que apenas um fenômeno natural, associada à dinâmica externa da terra, necessária à edificação da modelagem do relevo terrestre.
Mas, como é que os processos erosivos associados ao uso do solo se acentuaram?
O agravamento dos processos erosivos tanto nos solos urbanos quanto agrários ocorreu devido ao aprimoramento de novas técnicas aplicadas às atividades agropecuárias, às novas tecnologias da construção civil, associadas à ausência de um planejamento correto do uso do solo. Todos estes fatores também se associam ao aumento acelerado e vertiginoso das populações urbanas, o que tem ocasionado práticas altamente condenáveis, principalmente no uso e ocupação do espaço urbano, o que tem gerado áreas de instabilidade, áreas de risco, surgimento de grande número de núcleos de favelas, construções em áreas alagadas e em encostas e vertentes.
No campo, os pacotes tecnológicos de insumos e agrotóxicos, associados à má gestão do solo, por intermédio de práticas que visam apenas o lucro imediato, sem levar em consideração a utilização de um planejamento alicerçado em práticas preservacionistas, têm provocado, cada vez mais, a aceleração dos processos naturais de erosão do solo, além de criar as condições para o surgimento de processos erosivos em locais de solos frágeis e zonas de instabilidade geológica e geomorfológica.
Então, podemos afirmar que a erosão dos solos não é um evento novo, o que há de novo nestes processos é o fornecimento da energia de aceleração destes processos em função de atividades antrópicas que não obedecem a nenhum critério e metodologia adequada em relação ao uso e manejo corretos e eficientes e ocupação dos solos sejam eles localizados no campo ou nas cidades.
Discutir os temas relacionados ao uso e manejo corretos do solo implica em não procurar as linhas de menor resistência ou mesmo em abandonar o debate sobre as questões polêmicas que envolvem tal problemática. Significa, acima de tudo, em ir ao cerne da discussão, apontando as práticas incorretas, as metodologias inconsistentes de grande número de pesquisas sobre esta importante temática. Enfim, tratar das questões relativas aos processos erosivos no solo, significa realizar uma análise meticulosa e cuidadosa de todas as variáveis envolvidas nesta problemática de forma separada e em seu conjunto. Significa analisar aspectos relativos ao clima, vegetação, índices de precipitações pluviométricas, tipos de solos, relevo, declividade do terreno, aspectos topográficos, ângulo de inclinação de vertentes, recursos hídricos, encaixamentos de bacias de drenagem, dentre outros importantes fatores ligados a este evento. Esperamos que este capítulo seja importante para o seu aprimoramento profissional e que, ao mesmo tempo contribua para o correto planejamento acerca do trato deste relevante recurso natural: o solo e o conjunto de outros recursos naturais a ele associados.


* Escritor. Geógrafo, Mestre e Doutor pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).  Pesquisador e professor da Universidade de Uberaba (UNIUBE). pesquisa.fonseca@gmail.com

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O COMPLEXO DESAFIO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES!


Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Elementos para uma introdução
Pensar na temática “Formação de professores”, em qualquer contexto, em qualquer tempo nunca foi uma tarefa simples. Ainda mais quando situamos tal tarefa nos tempos presentes. Tempos em que a própria escola encontra-se instável, no momento em que ela não consegue se identificar no tênue espelho da realidade marcada por fatos que ocorrem quase que de forma instantânea, onde o conteúdo a ser ministrado na aula de hoje sairá no noticiário de amanhã. Esta tarefa se agiganta mais e mais quando a relação espaço/tempo se comprime segundo a lógica tresloucada da grande quantidade de informações que saltam aos nossos olhos, sem que tenhamos, sequer, o tempo suficiente para processá-las, decifrá-las.
Como pensar em formação de professores num tempo e num espaço que se nos apresentam quase que de forma virtual, num plano paralelo ao mundo real? Como falar de formação docente num tempo onde a violência urbana de adentrou à escola, tomando-se por ela, tornando-se parte integrante, indivisível do cotidiano escolar? Qual o terreno real, palpável, firme e sólido onde podemos nos embasar para tecer um projeto honesto de formação docente? Como fugir da areia movediça, cujo substrato se edifica sobre uma série de saberes e conhecimentos enlatados, em grande parte das vezes, ditado pelos grandes veículos de comunicação de massas?    
Esta série de indagações nos inquieta quando pensamos na “Formação de Professores” que fuja do receituário clássico do óbvio, das cartilhas encomendadas pelos órgãos e repartições estatais. As inquietações se agigantam com a enorme turbulência gerada por uma gama altamente diversificada de confusões, oriunda de uma educação que teima e persiste em permanecer na mesmice, nas “receitas de bolo”. A tal “Formação de Professores” torna-se estranhamente distante de nós quando nos deparamos com livros e materiais didáticos que filtram de tal forma deturpada o conhecimento produzido nos centros de pesquisa, sob a alegação de realizar a “Transposição didática”, com o intuito de atingir os docentes da Educação Básica, mas, no fundo, tornam estes saberes e conhecimentos tão rasteiros e superficiais que chegam a banalizar a profissão docente.
E as metas estabelecidas pelos órgãos educacionais do Estado?  
Inúmeras e diversas são elas. Se analisarmos, profundamente (às vezes nem precisa ser tão profundo) as metas estabelecidas pelos organismos gestores da educação no Brasil, veremos que se trata de um conjunto de medidas que não visam, sob hipótese alguma, a quaisquer melhorias do processo educacional vigente no país, mas, elas tratam, sobretudo, de metas que interessam somente aos coletores de dados que objetivam a confecção de gráficos e tabelas que irão justificar os projetos educacionais planejados por um punhado de gestores, muitos dos quais nunca pisaram em uma sala de aula de uma universidade, quiçá na Educação Básica. É por tudo isso, que pensar num projeto sério e honesto de “Formação de Professores” não é uma tarefa singela, mas, muito ao contrário, trata-se de uma atividade altamente complexa, onde os próprios formadores precisam ser formados.