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Fonte: ruralpecuaria (2015) |
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
“Eu quero uma casa no campo! Onde eu possa plantar meus
amigos, meus discos, meus livros e nada mais!”. Estes singelos versos da letra
da canção de Zé Rodrix e Tavito são magníficos e apropriados para uma bela reflexão
acerca dos grandes problemas e abalos decorrentes dos stresses gerados a partir
do fenômeno da urbanização na sociedade dos tempos d’agora.
Já vão longe os tempos onde se podia passear
tranquilamente nos bondinhos de Santa Teresa (na cidade maravilhosa) ou mesmo
tomar um bom chá nos bares da Urca. E, o pior de tudo é que existe um monte de
gente que tenta nos convencer de que tudo isto é qualidade de vida. Que não
podemos ser felizes sem esta parafernália toda, que não podemos viver sem os
ruídos estridentes, sem o “neon” da poluição visual e sem o veneno dos
enlatados que consumimos nos Shoppings Centers e até mesmo em nossa própria
casa.
Criam-se valores estéticos de acordo com as regras do
consumo, onde todos os nossos atos são milimetricamente controlados pela
“estética” artificialmente induzida, forçada, que tem como principal função
determinar o que é belo ou feio, o que está na moda ou fora dela, do que
devemos gostar e o que devemos desprezar. Já não podemos escolher, escolhem por
nós. Já não podemos pensar, pensam por nós.
Bem, meus caros leitores! Estes são os valores
encontrados como marca do bem-estar desta sociedade, como símbolo maior dos
valores que escolheram para dar significação à nossa existência. E, é por tudo
isto que eu reafirmo a canção de Zé Rodrix: “Eu quero uma casa no campo! Onde
eu possa ficar no tamanho da paz [...]. Onde eu possa plantar meus amigos, meus
discos, meus livros e nada mais!”
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