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Foto: Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2015 |
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Fonte: bbc.com (2015) |
Prof. Dr. Valter
Machado da Fonseca
É preciso pensar e repensar a ciência
sempre! A ciência e grande parte dos cientistas modernos têm perdido, de forma
exponencial, a capacidade de pensar em profundidade! Na maioria das vezes
pensam na superficialidade e se esquecem de mergulhar na essência dos problemas
maiores da pesquisa, de escavar a realidade e ir ao cerne das discussões.
Tomemos como exemplo, novamente, o
caso da tragédia de Mariana (MG). Um desastre socioambiental de proporções
fenomenais, beirando uma hecatombe! Ao ouvir as opiniões dos cientistas
modernos sobre o problema de Mariana (MG), mais se confirma minha tese sobre a
quase ausência das reflexões científicas (por parte dos cientistas), o que na
maioria dos casos, leva a soluções que, em grande parte das vezes, são mais
prejudiciais do que o próprio problema que se propõem a resolver.
Acontece que a ciência atual quer
procurar soluções técnicas e mecânicas para a grande maioria dos problemas que
dependem da dinâmica da própria natureza ou da dinâmica natural dos
ecossistemas terrestres e aquáticos. O problema da tragédia de Mariana é um
caso típico! Ele foi provocado pela intervenção incorreta de tecnologias
(humanas por sinal) e, pior ainda, pela ausência completa de planejamento de
ações de monitoramento e/ou de prevenção.
E, quando o problema se mostra em
toda sua plenitude, emerge com toda sua força, voltam os palpites tecnicistas
e, novamente, se esquecem que, mais do que nunca as soluções estão ligadas,
conectadas à dinâmica natural das águas fluviais e da capacidade de autodepuração
dos corpos d’água de superfície. O mais relevante que podemos fazer se refere a
ações pontuais e ao monitoramento dos aspectos ambientais, tais como análises
de solo, água, DBO, DQO, dentre outros. Ou seja, os problemas decorrentes da
catástrofe de Mariana só serão minimizados dentro do tempo da natureza, o que
pode levar de 30 a 50 anos. É o tempo da natureza! E ela, meus caros amigos,
não toma por base as fragilidades de nossas tecnologias!
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