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Fonte: fiofino.blogspot.com (2015) |
Prof. Dr. Valter Machado da
Fonseca
Meus amigos! Minhas amigas!
Vocês já pararam para pensar o
quanto nós, seres humanos estamos sendo consumidos por esta tal sociedade do
consumo? Vejamos! Acordamos de manhã e vamos trabalhar (a grande maioria para
sobreviver), depois engolimos um almoço correndo porque não podemos atrasar
para a jornada da tarde. Ao fim do dia, extenuados, voltamos para o nosso lar
(aqueles que têm um lar para voltar). À noite, somos quase que obrigados
“engolir goela abaixo” as notícias que querem que ouçamos, ou seja, morte,
assassinato, estupro, prostituição infantil, roubos, extorsões, propinas,
corrupção, desastres e tragédias sociais e ambientais, dentre outras coisas. No
intervalo tem propaganda de consumo e até de violência. Nas novelas tem mais
consumo e mais violência.
Durante o dia, passamos em frente
às lojas e vemos sempre os mesmos anúncios: compre isso, compre aquilo! Às
vezes nos deparamos com mercadorias que sequer sabemos para que servem, mas o
fetiche do consumo nos seduz para continuarmos comprando, produzindo mais
mercadorias, gastando mais recursos naturais, aumentando exponencialmente todo
tipo de poluição e produzindo montanhas e mais montanhas de lixos e detritos de
todas as formas. Desequilibramos o ambiente, comemos comida produzida às custas
de venenos (defensivos agrícolas para a indústria), aumentamos o número de
doenças (entre elas o câncer), reinventamos a dengue sob diversos nomes e
botamos toda a culpa no Aedes aegypti.
Aí, notamos que o produto mais
consumido é o sofrimento e a desgraça humanos. Estas são as mercadorias que
movem segmentos inteiros da cadeia produtiva capitalista: insumos e defensivos
(para produzir doenças), indústria de medicamentos, para fingir que cura as
doenças. É claro, pois se curarem as doenças a indústria de medicamentos entra
em falência. Também as notícias que mais vendem são aquelas que versam sobre o
sofrimento e desgraça humanos; até o jornaleiro sabe, quando ele brada “Comprem
o jornal! Deu morte!”. Aí perguntamos: para onde vai a essência da existência
humana?
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