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Fonte: Continental Filmes (2015) |
Prof. Dr. Valter Machado da
Fonseca
Aproveito este espaço do Face
para filosofar um pouquinho! Escolhi como ordem do dia a tal da “felicidade”.
Este é um vocábulo que não tem conceito, trata-se de uma abstração do subjetivo
humano. Alguns dizem se tratar de um “estado de espírito” (metafísica), outros
referem-se a ela como um objetivo que acreditam ser possível a dois, numa
relação amorosa, ou até mesmo num grupo de amigos que possuem certas
afinidades.
Porém, a meu ver, essa tal
felicidade, primeiramente tem que ser pensada no coletivo e não de forma
isolada, individualista, egocêntrica. Se ela se trata de uma dádiva natural,
então é uma condição humana a que todos têm direito. Então, mais uma vez se
reforça a ideia do coletivo.
Mas, se fugirmos da análise se
superfície para escavar a realidade, veremos que se trata de um termo que não
tem significado nesta sociedade onde o homem explora ferrenhamente sua própria
espécie. Penso que a felicidade seja uma condição onde o ser humano esteja em
seu mais alto grau de plenitude como ser humano. Neste sentido, ela se liga à
formação da consciência, na evolução humana para a condição de ser social, onde
ela seja capaz de intervir no mundo para transformá-lo, que ele capaz de se
enxergar e se contemplar num mundo criado por ele, por intermédio do trabalho,
categoria essencial para a existência significativa do homem em sua relação com
a natureza.
Mas, para alcançar este estágio
de se auto perceber como um ser social, ele precisa refinar sua consciência no
sentido de perceber as finalidades maiores de estar no mundo e, finalmente,
para isso ele precisa extinguir todas e quaisquer formas de alienação,
inclusive aquelas derivadas do seu próprio trabalho e de sua condição de
exploração, a qual se processa por intermédio da superestrutura política,
econômica e social, mola mestra para o funcionamento deste atual modelo
econômico de produção. Assim, neste sentido, a tal felicidade somente poderá
ser alcançada na superação de todas as formas de dominação oriundas deste
modelo de exploração do homem pelo próprio homem.
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