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Fonte The New York Times (2014) |
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Fonte The New York Times (2014) |
Por NTV
Contra o horizonte daqui, um projeto
único de engenharia está se erguendo próximo aos escombros do pior desastre
nuclear civil da história. Um exército de operários, protegidos da radiação por
grossas lajes de concreto, está construindo um enorme arco, revestido por aço
inoxidável suficiente para cobrir a Estátua da Liberdade. A estrutura é tão de
outro mundo que parece ter sido abandonada por alienígenas nesta paisagem
industrial da era soviética. Se tudo correr como planejado, em 2017 o arco de
29 mil toneladas métricas será delicadamente empurrado sobre blocos de teflon
para cobrir o abrigo em ruínas construído para sepultar os restos do reator que
explodiu e se incendiou aqui em abril de 1986. Quando suas extremidades forem
fechadas, ele poderá conter qualquer poeira radioativa caso o velho abrigo
desabe.
Ao praticamente eliminar o risco de
contaminações atmosféricas adicionais, o arco removerá a antiga ameaça de uma
reprise (mesmo que limitada) daqueles terríveis dias há 28 anos, quando a
precipitação radioativa envenenou as planícies por quilômetros ao redor e
transformou vilas em cidades fantasma, cheias de ecos de vidas abandonadas. O
arco também permitirá que se inicie o estágio final da limpeza de Chernobyl –
uma árdua tarefa de remover os destroços altamente contaminados para um
armazenamento permanente e seguro. A preocupação é que esse trabalho saia do
controle internacional e caia nas mãos da Ucrânia, especialmente quando a
Rússia ameaça as fronteiras do país.
Por enquanto, porém, o arco é um
sinal de progresso. "É uma estrutura impressionante", declarou
Nicolas Caille, diretor de projetos da Novarka, consórcio de construtoras
francesas responsável pela construção. "É impossível compará-lo a qualquer
outra coisa".
Disponível em: http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/colocando-uma-tampa-de-a%C3%A7o-sobre-chernobyl#page=1
Acesso em 12 de maio de 2014.
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