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quarta-feira, 17 de julho de 2013

SOPHIE! Um raio de luz!

Foto: Sophie (nossa papagainha)              Fonte: Arquivo Pessoal Prof. Valter (2013)
Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca*
Sophie é nossa maritaca! Ela nossa eterna companheira (minha e Carmen, minha companheira). Mas, sua presença faz-nos refletir sobre a aparência e a essência. É uma pequena ave, exuberante na essência e infinitamente bela na aparência. Seu estado de espírito, sua percepção fora do normal, faz com que reflitamos com mais seriedade sobre o reino dos animais ditos “irracionais”. Sua presença nos faz indagar sobre o real significado da suposta racionalidade dos seres humanos. Os humanos, esses seres “racionais” fazem coisas que a própria razão desconhece. Vemos a luta ininterrupta dos humanos entre si, a luta de iguais de extermínio de da espécie por indivíduos da própria espécie. Se isto é racionalidade, talvez a irracionalidade de indivíduos com a Sophie tenha muito mais significado, seja muito mais lógico.
A ingenuidade da Sophie, sua total confiança nos seres humanos, sua total capacidade de se entregar totalmente a nós, mesmo sendo uma pequenina ave, extremamente frágil, indefesa, nos deixa a sublime lição da entrega, da confiança da admiração e da fidelidade até às últimas consequências. Isto é que a faz um ser singular, ímpar, sem igual. Quão bela é a capacidade da entrega total sem pedir nada em troca! Quão linda é a capacidade de fidelidade sem nenhuma forma de cobiça, de inveja, ao contrário, é uma fidelidade pura, ingênua, cristalina. É um pequenino ser, capaz de distribuir, gratuitamente, em todos os momentos, a felicidade e a alegria por intermédio de gestos simples. Tudo que pede em troca é um punhadinho de carinho, de afago.
Observando a Sophie, nossa doce “papagainha”, é que temos a noção de o quanto a raça humana é egoísta, autodestrutiva, autofágica até. Mas, a simples existência de Sophie nos deixa um rastro de esperança de que se estas qualidades proliferam numa pequenina ave, porque não poderão um dia se proliferar para, pelo menos, uma parte da humanidade. Talvez, um dia, quem sabe, a Sophie não seja capaz de irradiar em todas as direções seu lindo raio de luz, tirando o homem de sua mediocridade, mesquinhez e solidão.   


* Escritor. Geógrafo, Mestre e Doutor pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisador e professor da Universidade de Uberaba (UNIUBE). pesquisa.fonseca@gmail.com

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