Por Laura
Braga Machado
Depois do que aconteceu neste dia
27, ficamos a questionar certas coisas. Até quando viveremos? Como foi possível
tantas vidas serem levadas em tão pouco tempo? São perguntas sem resposta, mas
que continuam a correr por minha mente. Muitos
jovens saíram para se divertir, despediram-se de seus pais sem saber que seria
a última vez que falaria com eles. O que era para ser uma noite de descontração
se transformou em uma noite de caos, desespero.
Afinal, quem é o culpado dessa
tragédia? O vocalista errou ao usar o sinalizador em lugar fechado, mas como
ele poderia imaginar que aquele simples objeto causaria a morte de mais de 200
pessoas? Mas a culpa também não seria da prefeitura, por não fechar a
boate mesmo com o alvará vencido? Não podemos nos esquecer dos
seguranças, que impediram pessoas de salvarem suas vidas. Será que
realmente devemos culpar os seguranças? Eles não agem por si, mas apenas
cumprem as ordens designadas pelos donos do estabelecimento.
Não sabemos quem realmente é
culpado, mas sei que nada disso vai amenizar a dor dessas famílias que só sabem
chorar nesse momento difícil. Essas famílias que ligam desesperadas para os
celulares que tocam nos bolsos dos mortos. Elas deixaram seus filhos saírem com
esperança de vê-los no outro dia, mas isso não aconteceu.
Todas essas pessoas agora querem
apenas uma coisa: justiça. Isso não vai trazer seus filhos de volta e nem
amenizar a dor, mas pelo menos eles não terão morrido em vão. Os familiares dessas pessoas que morreram
precisam de ajuda, mesmo que você não possa estar próximo. Se você tem
uma religião, reze por essas pessoas. Se não tem, apenas direcione os
pensamentos para essas famílias em desespero.
Aproveite esse ocorrido para
lembrar-se de viver cada momento intensamente e não deixar nada para o dia
seguinte, pois pode ser que não exista um dia seguinte, assim como não existiu
para algumas pessoas que estavam naquela boate. Meus sentimentos para todos os
familiares das vitimas. Eu estou longe, mas meu coração está com vocês.
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